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Ucrânia/Rússia

Presidente suíço discute crise na Ucrânia com Vladimir Putin

O presidente suíço e dirigente em exercício da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), Didier Burkalter, chega nesta quarta-feira em Moscou, onde se reunirá com o presidente Vladimir Putin para falar  sobre a crise na Ucrânia. A poucas horas do encontro, o chanceler russo, Serguei Lavrov, voltou a acusar os europeus de fechar os olhos para o  "fascismo na Ucrânia."

O presidente da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Didier Burkhalter, deve encontrar-se nesta quarta-feira, 7 com o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.
O presidente da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Didier Burkhalter, deve encontrar-se nesta quarta-feira, 7 com o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin. REUTERS/Ruben Sprich
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"O que aconteceu em Odessa no dia 2 de maio é fascismo puro e simples", disse o ministro das Relações Exteriores russo em referência à morte de 40 militantes pró-russos no sul da Ucrânia. A visita do presidente da Organização integra a nova ofensiva diplomática dos europeus para achar uma solução pacífica para o conflito.

Burkalter pediu nesta terça-feira (6) que o acordo assinado em Genebra no dia 17 de abril entre a Ucrânia, a Rússia, a União Europeia e os Estados Unidos, pedindo o fim da violência, seja respeitado. O documento também exige o desarmamento de grupos ilegais e a evacuação de prédios públicos.

O representante da OSCE e presidente suíço também exige um cessar-fogo para garantir a realização das eleições presidenciais previstas no dia 25 de maio. Os ocidentais consideram o pleito crucial para o futuro da Ucrânia. Caso contrário, o país pode mergulhar no “caos e na guerra civil”, como salientou o presidente francês François Hollande.

As eleições deverão escolher o sucessor do presidente Viktor Yanukovitch, apoiado pelos russos, destituído em fevereiro. A Rússia, que não reconhece o governo provisório, já se declarou contrária à realização de eleições no atual contexto de violência.

Na terça-feira, o chanceler britânico, William Hague, também chegou a Kiev para discutir com as autoridades do país a aplicação do acordo e questões econômicas. A Ucrânia recebeu um empréstimo de U$ 3,19 bilhões do plano de ajuda de U$ 17 bilhões aprovado no final de abril pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andriï Dechtchitsa, também solicitou ontem o envio de observadores internacionais ao país para supervisionar as eleições.

Combates continuam em Slaviansk

Em Slaviansk, no leste país, os combates entre separatistas e nacionalistas continuam. Na madrugada desta terça para quarta-feura, foram ouvidos tiros de artilharia e fuzis automáticos. A bandeira russa, instalada há semanas na prefeitura de Slaviansk, havia sido retirada nesta manhã. Segundo a porta-voz dos rebeldes, Stella Khorocheva, o líder separatista da cidade, Viatcheslav Ponomorev, que não apareceu na imprensa nos últimos dias, continua ‘’em boa saúde.’’

Os rebeldes pró-russos também anunciaram no próximo dia 11 de maio um referendo sobre a “Declaração de Independência” da República de Donetsk. Segundo o secretário de Estado americano John Kerry, a consulta é uma “simulação.”

Para os Estados Unidos, o contexto é parecido com a situação da Crimeia e sua consequente anexação pelos russos. Nos últimos dias, os combates na Ucrânia se tornaram mais violentos, o que preocupa os países ocidentais. A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) poderá enviar uma missão permanente nos países membros da Europa do leste.

 

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