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Iraque/Eleições

Premiê iraquiano vence legislativas, mas deve formar coalizão para governar

O atual primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, venceu as eleições legislativas de 30 de abril no Iraque, segundo os resultados provisórios divulgados nesta segunda-feira (19). Mas seu bloco não obteve a maioria das cadeiras no Parlamento, o que o obrigará a negociar com outros partidos para formar um governo.

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, foi o vencedor das eleições legislativas do Iraque, segundo os resultados iniciais divulgados nesta segunda-feira (19).
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, foi o vencedor das eleições legislativas do Iraque, segundo os resultados iniciais divulgados nesta segunda-feira (19). REUTERS/Ahmed Jadallah
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De acordo com os dados anunciados pela Alta Comissão Eleitoral Iraquiana, a Aliança pelo Estado de Direito de Nuri al-Maliki obteve 92 das 328 cadeiras que compõem o Parlamento iraquiano, bem à frente de seus rivais.

Na capital, o movimento obteve 30 cadeiras e chegou em primeiro lugar em 10 das 18 províncias do país para essa eleição, a primeira desde a partida dos últimos soldados americanos, no final de 2011. Nas eleições legislativas de 2010, o grupo de Nuri al-Maliki havia conquistado 89 cadeiras.

O resultado desta segunda-feira não será suficiente para formar sozinho um governo, e Nuri al-Maliki deverá continuar as negociações já iniciadas com outros partidos, sobretudo sunitas e curdos, a fim de garantir um terceiro mandato no comando do país.

Monopólio do poder

Os principais grupos rivais do atual primeiro-ministro conquistaram entre 19 e 20 cadeiras cada um. Vários desses partidos, incluindo o do ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, o do influente líder xiita Moqtada Sadr e o do presidente da região autônoma do Curdistão, Massoud Barzani, rejeitam a ideia de um terceiro mandato para Nuri al-Maliki. Eles o acusam de monopolizar o poder e de ser incapaz de impedir o aumento da violência. Desde o início do ano, mais de 3.500 pessoas morreram em episódios de violência.

O segundo mandato de Nuri al -Maliki também foi marcado por tensões com a região autônoma do Curdistão, pela evidente impossibilidade de conseguir que leis importantes fossem aprovadas pelo Parlamento e pelo reaparecimento de desacordos entre sunitas e xiitas.

Candidato em Bagdá, o primeiro-ministro continua sendo popular entre seus eleitores: ele obteve 721 mil votos, o melhor resultado em nível nacional, o que pode favorecer a perspectiva de um terceiro mandato.

Os resultados definitivos devem ser divulgados somente daqui a várias semanas, após o exame pela comissão eleitoral de denúncias de fraudes e irregularidades.

Além da escolha de um primeiro-ministro, os diferentes partidos também terão que chegar a um acordo sobre a nomeação dos próximos presidentes da república e do Parlamento.

Segundo um acordo informal tradicionalmente aceito pelas três principais comunidades iraquianas, a presidência é dada a um curdo, o primeiro-ministro é xiita e a presidência do Parlamento fica a cargo de um sunita.

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