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Israel/Turismo

Conflitos e altos preços abalam setor turístico em Israel

A crise no setor turístico israelense é tema de uma reportagem da edição de sexta-feira (7) do jornal vespertino francês Le Monde. O país, que atrai pelos locais religiosos e históricos e pelas belas praias, enfrenta uma queda no número de visitantes. No primeiro semestre o recuo foi de mais de 17% em comparação ao ano passado. Na cidade de Eilat, no mar Vermelho, um dos destinos mais procurados do país, a ocupação hoteleira caiu 40% no primeiro trimestre do ano.

Balneário de Eilat, em Israel
Balneário de Eilat, em Israel
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Os profissionais do setor apontam como o principal motivo da crise a operação militar do verão de 2014 em Gaza. Segundo eles, as imagens sangrentas desses conflitos assustaram os turistas. Além disso, outros fatores contribuem para o cenário, como a guerra civil na Síria e as ações do grupo Estado Islâmico, que acabam abalando todo o Oriente Médio.

Para reverter essa tendência, o governo israelense decidiu em abril pagar € 45 por passageiro às companhias aéreas que realizem voos diretos a alguns destinos do país, como o balneário de Eilat.

A empresa low cost Ryanair aproveita a decisão e vai realizar seis voos semanais, a partir de novembro, à cidade. Os esforços do governo fazem sentido em um país cujo turismo representa 7% do PIB (produto interno bruto).

Um dos destinos mais caros do mundo

Outro fator que afasta os viajantes são os altos preços. Israel é considerado um dos destinos mais caros do mundo. Uma noite de hotel custa, em média, mais que no Japão, na Alemanha ou nos Estados Unidos. Em uma classificação publicada em maio pelo Fórum Econômico Mundial sobre a competitividade das viagens e do turismo, Israel aparece em apenas 72° lugar em uma lista com 141 países.

Para reduzir os preços, o ministério do Turismo quer acelerar a construção de novos hotéis graças a uma simplificação na obtenção de licenças. Outra ação será classificar oficialmente os estabelecimentos com estrelas, algo atualmente quase inexistente.

O presidente da Associação Hoteleira Israelense, Eli Gonen, opina que a retomada do turismo passa também por uma grande operação de marketing. "Vamos alocar grandes recursos para a publicidade", disse ao Le Monde.

"O grande problema de Israel é o abismo entre a imagem do país e a realidade dos fatos. As campanhas de publicidade devem reforçar o que nós temos a oferecer hoje, que são a tranquilidade e uma combinação única de lugares religiosos, culturais e balneários."

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