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Israel/Justiça

Judeu ultraortodoxo que matou jovem em parada gay é indiciado por homicídio

A justiça israelense indiciou nesta segunda-feira (24) o judeu ultraortodoxo que matou uma jovem de 16 anos durante uma parada gay em Jerusalém. O homem deverá responder a diversos crimes, entres eles, o de assassinato com premeditação.

Yishai Shlissel foi indiciado pela justiça israelense pelo assassianto de jovem durante a Gay Pride em Jerusalém.
Yishai Shlissel foi indiciado pela justiça israelense pelo assassianto de jovem durante a Gay Pride em Jerusalém. REUTERS/Muammar Awad
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Yishaï Shlissel, 39 anos, não mostrou remorso durante a audiência. Segundo o acusado, a manifestação era de "pecadores" que profanaram o nome de Deus. "Se vocês quiserem que a alma (da vítima) suba aos céus, é preciso acabar com as paradas gays em Jerusalém e em todo o território israelense", disse Shlissel, de acordo com a imprensa local.

A agressão aconteceu no dia 30 de julho e foi seguida de um ataque contra uma casa palestina na Cisjordânia, atribuído a extremistas judeus. Esses atos provocaram uma onda de indignação e levaram a questionamentos sobre os fanáticos religiosos.

A vítima da agressão durante a parada gay foi a jovem Shira Banki, de 16 anos, que morreu dias depois no hospital depois de ter sido esfaqueada. Yishaï Shlissel feriu outros participantes da marcha durante o ataque.

Premeditação

Em um comunicado, o Ministério da Justiça de Israel informou que o homem foi indiciado por assassinato com premeditação, seis tentativas de homicídio e lesões agravadas.

Yishaï Shlissel foi declarado penalmente responsável depois de um exame psiquiátrico. Dias antes do ataque, ele havia sido libertado após ter passado 10 anos na prisão por uma agressão similar, durante uma passeata pelos direitos da comunidade gay em 2005, em Jerusalém. Na ocasião, três pessoas ficaram feridas.

Em textos divulgados por sites e fóruns na internet, Yishaï Shlissel descrevia os homossexuais como "pecadores" e as paradas gays como um "desfile de abominações na Cidade do Senhor com o único objeitvo de profanar seu nome".

A polícia foi duramente criticada por não ter evitado o agressor de cometer outro ataque. Uma investigação interna do Ministério da Segurança Interna recomendou apenas sanções disciplinares contra os responsáveis pela polícia de Jerusalém.

 

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