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TPP

Acordo Transpacífico lança maior zona de livre comércio da história

O ambicioso acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP, na sigla en inglês) foi assinado nesta quinta-feira (4) na Nova Zelândia. O tratado, que reúne doze países, pretende instaurar uma das maiores zonas de livre comércio da história, formada por quase 40% da economia mundial.

Ministros dos doze países da região Ásia-Pacífico assinaram TPP na Nova Zelândia.
Ministros dos doze países da região Ásia-Pacífico assinaram TPP na Nova Zelândia. REUTERS/New Zealand Pool
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O primeiro-ministro anfitrião, John Key, e o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Michael Froman, conduziram a cerimônia de assinatura do acordo, do qual participam Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. "Hoje é um dia importante não só para nosso país mas também para as outras onze nações do acordo Transpacífico", declarou o primeiro-ministro neozelandês. "O TPP vai proporcionar melhor acesso a bens e serviços para os 800 milhões de habitantes dos doze signatários", que representam 36% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, acrescentou o chefe de governo da Nova Zelândia.

Os países em questão têm dois anos para ratificar o acordo, que foi alcançado em outubro de 2015, depois de cinco dias de uma verdadeira maratona de discussões em Atlanta, que terminaram com sete anos de negociações complexas.

Acordo do TPP ainda divide

A cerimônia desta quinta-feira foi marcada por vários protestos organizados por manifestantes, que temem o impacto deste acordo sobre o mercado de trabalho. O texto também não é uma unanimidade do lado dos legislativos. Um bom exemplo é o do novo governo liberal do Canadá, que já alertou, por meio de sua ministra do Comércio, Chrystia Freeland, que "muitos canadenses ainda não se decidiram a respeito do TPP e que muitos ainda têm dúvidas". Ottawa realizará uma análise completa antes de ratificar o acordo.

No governo mexicano a visão é diferente. A chanceler Claudia Ruiz Massieu já afirmou que o acordo é apenas "um complemento à nossa estratégia de consolidar-nos como uma das economias mais abertas do mundo por meio de tratados de livre comércio".

Obama comemora assinatura

Em Washington, o presidente norte-americano, Barack Obama, comemorou a assinatura do acordo. "O TPP irá permitir que os Estados Unidos – e não países como a China, que está fora do acordo – definam as regras de circulação (comercial) no século XXI, o que é especialmente importante em uma região tão dinâmica quanto Ásia-Pacífico", ressaltou o chefe da Casa Branca em um comunicado.

Em uma tentativa de fazer com que o tratado faça parte de seu legado presidencial, Obama almoçou com líderes republicanos do Congresso na terça-feira, tendo o TPP entre os temas em discussão. No entanto, o chefe da maioria do Senado, Mitch McConnell, se recusou a se comprometer em uma votação sobre o acordo comercial antes das eleições de novembro. A ratificação do documento seria uma grande vitória para a política externa de Obama, razão pela qual os republicanos se mostram tão relutantes em facilitá-lo.

(Com informações da AFP)

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