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Crimeia/tensão

Aumento de tensão entre Ucrânia e Rússia preocupa Otan

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declarou nesta quinta-feira (11), estar observando “com preocupação”, o aumento da tensão a respeito da Crimeia entre a Ucrânia e a Rússia. A Otan fez um apelo para que os lados envolvidos retomem o diálogo na busca por uma solução pacífica do conflito.

Vladimir Putin (à esquerda) e Petro Poroshenko (à direita) trocam acusaçoes sobre a Criméia.
Vladimir Putin (à esquerda) e Petro Poroshenko (à direita) trocam acusaçoes sobre a Criméia. AFP PHOTO / RIA NOVOSTI / MIKHAIL KLIME//REUTERS/Francois Lenoir
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Mais de dois anos depois da anexação da península ucraniana após um referendo considerado ilegal pelos países ocidentais, Moscou acusou a Ucrânia de estar preparando ataques na Crimeia, que abriga várias bases militares e navais russas, entre elas a frota russa do mar Negro, em Sebastopol. Kiev desmentiu, dando lugar a uma troca de acusações como não havia ocorrido em meses.

A escalada de tensão chegou a colocar em xeque a iniciativa de realizar uma negociação no início de setembro, à margem do G20 na China, sobre a crise ucraniana.

Ambos os lados colocaram suas forças em alerta. Um oficial da Otan, que não quis se identificar, declarou à AFP que “as atividades militares recentes da Rússia na Crimeia não ajuda a aliviar a situação”. O Conselho de Segurança da ONU vai discutir a questão ainda hoje, após pedido da Ucrânia, pró-Ocidente.

Cessar-fogo é constantemente violado

O FSB (serviço secreto russo) acusou Kiev de ter lançado várias incursões de "sabotadores-terroristas" que terminaram em confrontos armados e que custaram a vida, segundo Moscou, de um agente do FSB e de um militar russo.

Segundo o FSB, um primeiro grupo foi descoberto perto da cidade de Armiansk, na Crimeia, na madrugada de 7 de agosto em posse de vinte artefatos explosivos caseiros e vários quilos de TNT. Outros dois grupos foram interceptados na noite seguinte, apoiados por disparos do exército ucraniano, segundo a mesma fonte.

Fontes citadas pelo jornal russo Kommersant afirmaram que as pessoas detidas queriam atacar zonas turísticas da península, conhecida por suas praias, para "semear o pânico" provocando pequenas explosões.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, denunciou acusações "absurdas e cínicas", que servem de "pretexto para novas ameaças militares contra a Ucrânia". O ministério da Defesa ucraniano evocou uma "tentativa de justificar a mobilização e as agressões" das forças russas na região.
 

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