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Coreia do Norte/Nuclear

Coreia do Norte desafia EUA, no dia seguinte de 5° teste nuclear

A Coreia do Norte desafiou os Estados Unidos, no dia seguinte de seu quinto teste nuclear e da decisão do Conselho de Segurança da ONU de preparar novas sanções contra Pyongyang. O jornal oficial norte-coreano diz neste sábado (10) que o país não vai mais se curvar diante da chantagem americana. Especialistas dizem que a ameaça norte-coreana é maior do que se pensava.

Um soldado sul-coreano analisa as informações, após o anúncio do terremoto provocado pelo quinto teste nuclear da Coreia do Norte, na sexta-feira 9 de setembro de 2016.
Um soldado sul-coreano analisa as informações, após o anúncio do terremoto provocado pelo quinto teste nuclear da Coreia do Norte, na sexta-feira 9 de setembro de 2016. Kim Ju-sung/Yonhap via REUTERS
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O jornal oficial do partido no poder na Coreia do Norte, Rondong Sinmum, escreveu que “a época em que os Estados Unidos podiam fazer chantagear nuclear e unilateralmente a República Popular e Democrática da Coreia (nome oficial do país) não existe mais”. Os “Estados Unidos estão irritados com as medidas militares fortes tomadas progressivamente” pela Coreia do Norte, completa o texto.

Na sexta-feira (9), o conselho de segurança, incluindo a China, aliada de Pyongyang, "condenou firmemente" o quinto teste nuclear norte-coreano. O órgão informou que ira preparar uma resolução impondo novas sanções ao país. Desde março deste ano a Coreia do Norte sofre severas restrições econômicas, financeiras e comerciais, após seu quarto teste nuclear realizado em janeiro. Mas isso não impediu Pyongyang de realizar uma nova explosão ontem.

Ameaça maior do que se pensava

O quinto teste nuclear mostra que a ameaça norte-coreana é bem maior do que se esperava, estimam especialistas ouvidos pela imprensa da Coreia do Sul. Ele sinaliza vários progressos. Primeiro, a explosão de sexta-feira foi quase duas vezes superior a de janeiro e provocou um forte terremoto. Segundo, ela foi precedida de vários testes de tiros mísseis, feitos de um submarino. E por último, a distância entre os testes nucleares diminuiu muito, passando de três anos para oito meses.

Tudo isso leva o chefe da diplomacia sul-coreana, Yun Byung-Sea temer que “a capacidade nuclear do vizinho do norte se sofisticou e se desenvolveu consideravelmente e em um ritmo muito mais rápido.”

A comunidade internacional deve “aceitar com prudência o fato que a Coreia do Norte poderia lançar um ataque nuclear com um míssil”, advertiu Jeung Young-Tae, especialista do Instituto Coreano para a Unificação Nacional. No entanto, ele salientou que a distância de alcance do tiro é ainda muito incerta.

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