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Brasil-Mundo

Jornalista brasileira faz viagem de 100 dias à China para escrever livro

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Esta semana Arcelina Helena completa o seu centésimo dia pela China, uma aventura por 10 cidades de um país pelo qual se deixou fascinar e sobre o qual pretende escrever o seu próximo livro, o quinto de um projeto ambicioso em que mergulhou pouco depois da aposentadoria.

Aos 73 anos, Arcelina Helena nascida em São Paulo, viaja pelo mundo por conta própria, atrás de novidades.
Aos 73 anos, Arcelina Helena nascida em São Paulo, viaja pelo mundo por conta própria, atrás de novidades. V. Oswald
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Vivian Oswald, correspondente da RFI em Pequim,

Aos 73 anos, a jornalista nascida em São Paulo, viaja pelo mundo por conta própria, atrás de novidades. A viagem à China completa um ciclo de 500 dias percorrendo o mundo desde 1999. Carrega o dinheiro contado, um computar e uma máquina fotográfica.

O importante é tentar se aproximar das pessoas. Em geral, tem nas igrejas os seus intermediários. Foi assim que conseguiu chegar aos desabrigados da cidade americana de Dallas, ou aos desvalidos de Bogotá, na Colômbia.

Ela escreveu sobre os seus 100 dias pelas Américas, pela África, Europa e Oceania. Seu périplo chinês, o último da série, foi o mais difícil. "Toda minha família ficou preocupada, pois a China é uma interrogação na cabeça dos brasileiros", conta a jornalista. Além disso, essa é a primeira vez que não fala nada do idioma local. Perdeu-se por onde passou, mas foi encontrada por anjos, segundo ela própria. Pessoas que apareceram em seu caminho para ajudá-la.

Durante a sua temporada chinesa, Arcelina explorou o país mais populoso do mundo atrás da ideia de harmonia, palavra que inspira os chineses desde Confúcio. "Me encantei muito com esse cara, que viveu 500 anos antes de Cristo e que ensinou muitas coisa que Cristo também ensinou", explica a brasileira, que tentou entender a relação da China com a Igreja católica, um tema que lhe é caro.

Frequentou igrejas nas cidades por onde passou e gostou do ambiente. Foi nelas que encontrou seus personagens. Muitos brasileiros, outros estrangeiros e os chineses. Pelas mãos dos jesuítas visitou nove leprosários mantidos na China continental sobre os quais pouco se sabe atualmente.

Não tinha ideia do tamanho do trabalho das obras religiosas pelo país. São muitas, porém mais evidentes em Hong Kong e Macau, onde os controles do Poder Central são menos estritos,.

Ela também foi atrás dos jovens, uma outra paixão de Arcelina, que além de trabalhar em redações de jornais grandes brasileiros, por muitos anos deu aula na Universidade de Brasília. Passou vinte dias na universidade de idiomas estrangeiros de Pequim.

O desafio da comunicação não impediu Arcelina de enxergar as inúmeras diferenças entre ricos e pobres, ou o moderno e o tradicional. Fez amigos e tem várias histórias para contar.
 

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