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Naufrágio/Mediterrâneo

Mais de 120 sudaneses desaparecem no Mediterrâneo após naufrágio

Pelo menos 126 imigrantes estão desaparecidos após o naufrágio de uma embarcação na costa da Líbia, declarou nesta segunda-feira (19) à AFP um porta-voz da Organização Internacional de Migração (OIM).

Colete salva-vidas encontrado na costa de Trípoli, em 4/6/16.
Colete salva-vidas encontrado na costa de Trípoli, em 4/6/16. REUTERS/Hani Amara
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De acordo com o depoimento de quatro sobreviventes do grupo de 130 imigrantes, dentre os quais vários sudaneses, eles haviam embarcado na Líbia na última quinta-feira, num barco inflável. A embarcação naufragou após algumas horas no mar.

Os quatro sobreviventes, dois sudaneses e dois nigerianos, foram resgatados por pescadores líbios, afirmou Flavio Di Giacomo, porta-voz da OIM.

Poucas horas após deixarem a costa, o barco foi interceptado por traficantes que roubaram o motor da embarcação. "Rapidamente, o barco já sobrecarregado começou a encher de água e afundar", disse Di Giacomo, citando o relato dos sudaneses que a OIM contatou.

Após serem resgatados pelos pescadores, os sobreviventes não foram levados de volta à costa da Líbia, mas entregues a outra embarcação que também transportava imigrantes e passava por aquela rota, afirmou o porta-voz da OIM.

Mais de 1.800 pessoas morreram em 2017 no Mediterrâneo

Di Giacomo disse que a organização conseguiu confirmar o relato dos quatro sobreviventes, comparando com o de outros imigrantes que estavam na segunda embarcação. Esta foi socorrida graças à intervenção da guarda costeira italiana. Todos os imigrantes foram levados ao porto de Palermo, na Sicília, onde chegaram nesta segunda-feira ao lado de outras mil pessoas resgatadas nos últimos dias.

A OIM participa da chegada de imigrantes aos portos italianos e esteve com os sobreviventes sudaneses, que contaram sobre a tragédia no Mediterrâneo. Desde janeiro de 2017, 1.828 pessoas morreram tentando atravessar o Mediterrâneo, segundo os últimos cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ao todo, mais de 65 mil pessoas, dentre as quais milhares de mulheres e crianças, desembarcaram desde o começo deste ano na costa italiana.
 

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