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Direitos Humanos

Apesar de modernização, sauditas já executaram 48 condenados em 2018

A Arábia Saudita executou 48 pessoas nos quatro primeiros meses de 2018, a metade delas condenada em casos de drogas, indicou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW). A entidade pediu ao governo que melhore o sistema judicial do país.

Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu o príncipe saudita Mohammed bin Salman em Paris, no início de abril.
Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu o príncipe saudita Mohammed bin Salman em Paris, no início de abril. REUTERS/Philippe Wojazer
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A Arábia Saudita aplica a pena de morte em casos de terrorismo, assassinato, estupro, roubo a mão armada e tráfico de drogas, e é um dos países com a maior taxa de execuções no mundo. "É horrível que a Arábia Saudita execute tanta gente, ainda mais que muitos dos executados não cometeram crimes violentos", declarou Sarah Leah Whitson, chefe da organização para o Oriente Médio e África do Norte.

Em 2017, cerca 150 pessoas foram executadas por decapitação com uma espada na Arábia Saudita.  Recentemente, em uma entrevista à Time Magazine, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman indicou que, em alguns casos, seu país poderá comutar a pena de morte por prisão perpétua, mas exclui fazer isso nas condenações por homicídio.

Desde que assumiu o trono, o herdeiro prega uma visão mais moderada do islã e tem implementado medidas de modernização do país, como a reabertura dos cinemas e a autorização para as mulheres dirigirem veículos. Mas, em matéria de direitos humanos, os avanços são limitados. As organizações especializadas denunciam que os direitos de expressão ou associação permanecem sob intensa repressão no reino.

Pena de morte em leve queda no mundo

Em meados de abril, a Human Rights Watch apresentou suas estatísticas anuais sobre a pena de morte no mundo, que registraram uma leve queda em 2017. No ano passado, pelo menos 933 pessoas foram mortas em 23 países, o que representa 4% a menos do que em 2016 e 39% a menos do que em 2015 – ano em que a organização assinalou 1634 execuções, o maior número de penas capitais desde 1989.

Em 2017, a China seguiu na liderança do ranking mundial de mortes de prisioneiros, embora a confiabilidade dos dados não seja garantida, por serem considerados segredo do Estado chinês. Em seguida, quatro países respondem por 84% das execuções restantes: Irã, Arábia Saudita, Iraque a Paquistão.

Com informações da AFP

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