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G20: grandes laboratórios prometem 3,5 bilhões de doses da vacina para países mais pobres

Três grandes laboratórios produtores de vacinas contra a Covid-19, Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson, se comprometeram nesta sexta-feira (21), durante uma cúpula do G20, a entregar 3,5 bilhões de doses a preço de custo ou com valores reduzidos para os países mais pobres, em 2021 e 2022.

G20: Pfizer, Moderna e J&J prometem 3,5 bilhões de doses para os países pobres.
G20: Pfizer, Moderna e J&J prometem 3,5 bilhões de doses para os países pobres. AP - Michel Euler
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Espera-se que cerca de 1,3 bilhão de doses sejam entregues este ano, e o restante em 2022. A Pfizer fornecerá dois bilhões de doses, a Moderna "até" 995 milhões e a Johnson & Johnson "até 500 milhões" de imunizantes.

Eles estarão acessíveis a um preço de custo para os países de baixa renda e a um preço reduzido para os países de renda média, disseram os gerentes dos laboratórios na cúpula virtual sobre saúde organizada pela presidência italiana do G20 e pela Comissão Europeia.

Pouco antes, a UE havia anunciado na abertura da cúpula que forneceria 100 milhões de doses. “Todos, em todos os lugares” devem ter acesso às vacinas, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. "A TeamEurope pretende doar pelo menos 100 milhões de doses a países de baixa e média renda antes do final de 2021", disse ela.

Por sua vez, a Itália se comprometeu a liberar € 300 milhões adicionais para apoiar os países mais vulneráveis ​​em suas campanhas de vacinação, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a França daria à Covax "pelo menos 30 milhões de doses" até o final de 2021.

O acesso dos países mais vulneráveis ​​às vacinas, a solidariedade internacional e a prevenção de futuras pandemias estão no centro desta cúpula dos chefes de Estado e de Governo do G20, à qual se associaram a Comissão Europeia, os Estados africanos e a Ásia, bem como 12 organizações internacionais e fundações privadas.

'Transferência de tecnologia, compartilhamento de licença'

A declaração final, conhecida como "Declaração de Roma", deve, em particular, afirmar o compromisso dos países mais ricos em promover a produção de vacinas na África, por meio da transferência de tecnologia.

"Enquanto nos preparamos para a próxima pandemia, nossa prioridade deve ser garantir que superaremos a atual juntos. Devemos vacinar o mundo, e rapidamente", alertou o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

O texto não deve, no entanto, apoiar a polêmica ideia de uma suspensão temporária das patentes das empresas farmacêuticas de vacinas, mas pleitear a "repartição voluntária de licenças" e o levantamento de obstáculos às exportações.

A suspensão dos direitos exclusivos de patente é incentivada por Washington, mas os 27 Estados membros da UE já expressaram seu ceticismo em relação à medida, apontando a duração e a complexidade do processo. Por outro lado, eles apelam aos Estados Unidos, grande produtor que praticamente não exportou nenhuma dose, a suspender as restrições à exportação de vacinas.

Mario Draghi e Ursula von der Leyen se encontram pessoalmente em Roma, enquanto outros participantes da reunião, incluindo Bill Gates, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a União Africana, a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Banco Mundial, intervêm por meio de um link de vídeo.

O presidente chinês, Xi Jinping, também se dirigiu aos participantes, prometendo US$ 3 bilhões em ajuda nos próximos três anos para apoiar a luta contra a pandemia e a recuperação econômica.

A cúpula de Roma está sendo realizada às vésperas da 74ª Assembleia Mundial da Saúde (de 24 de maio a 1º de junho), cujo principal tema é a reforma da OMS e sua capacidade de coordenar a resposta às crises globais de saúde, além de prevenir futuras epidemias.

Um relatório de um painel independente divulgado na semana passada determinou que a OMS demorou muito para soar o alarme e que "o desastre descrito como "Chernobyl do século 21 poderia ter sido evitado".

A pandemia já matou mais de 3,4 milhões de pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento no final de dezembro de 2019, de acordo com o último relatório estabelecido pela agência AFP a partir de fontes oficiais.

(Com AFP)

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