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EUA colaboram com influenciadores do TikTok para combater desinformação sobre guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia se tornou a primeira da era TikTok. Diante da batalha de informações, entre a versão de Kiev e a versão de Moscou, o governo norte-americano decidiu recorrer aos influenciadores dessa rede social para passar a sua versão dos fatos para os mais jovens.

TikTok vira fonte de informação para os mais jovens .sobre guerra na Ucrânia
TikTok vira fonte de informação para os mais jovens .sobre guerra na Ucrânia © Dado Ruvic, Reuters
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Com informações de Carrie Nooten, correspondente da RFI em Nova York

A guerra da Ucrânia não é uma trend, mas não escapou do TikTok. O conflito é retratado na rede tanto por meio de vídeos angustiantes de ataques de artilharia, como por dicas de como cozinhar em abrigos antibombas e desinformação sobre a invasão russa.

Conscientes de capacidade do TikTok de atingir um público mais jovem, mas também de divulgar fake news, as autoridades norte-americanas decidiram convocar alguns influenciadores digitais dessa rede social para fornecer informações sobre a guerra. Como jornalistas durante uma coletiva de imprensa, o grupo recebeu um brief e o governo dos Estados Unidos espera, em seguida, que as mensagens viralizem.

Kahlil Greene, um influenciador com mais de meio milhão de seguidores, faz parte dos 30 tiktokers convidados. Aos 21 anos, ele se apresenta como “o historiador da geração Z” e não hesitou em posar diante da Casa Branca para falar do convite que recebeu das equipes de Joe Biden.

@kahlilgreene The White House invited content creators to learn more about the crisis in Ukraine. #hiddenhistory #ukraine #blackcommunitytiktok ♬ original sound - Kahlil

O governo espera que Greene faça o mesmo tipo de divulgação que já faz Aaron Parnas, outro influenciador que também foi convidado pela Casa Branca. O jovem de 22 anos, que tem familiares na Ucrânia, já é uma das principais fontes de informação sobre o conflito para seus 1,2 milhões de seguidores.

Como um canal de notícias, ele fornece vídeos a cada 45 minutos, das 9h às 22h. As informações fornecidas pela Casa Branca, aliás, foram divulgadas imediatamente por Aaron, que comentou na sua rede social os esforços feitos por Washington para ajudar a Ucrânia.

Tutorial de beleza é substituído por informações de guerra

Vários influenciadores ucranianos também participam dessa campanha de informação. Algumas celebridades das redes sociais, conhecidas por seus vídeos de moda e beleza, que tradicionalmente faziam tutoriais de maquiagem, agora divulgam imagens de soldados.

É o caso da conta de Marta Vasyuta. Presa em Londres, a estudante de intercâmbio ucraniana de 20 anos usa o TikTok para compartilhar suas opiniões sobre a tragédia do povo de seu país natal. "Minha missão é divulgar informação, não deixar de falar sobre isso, porque realmente importa", disse esta estudante de economia de Lviv cujos vídeos geram milhões de visualizações.

Já Valeria Shashenok, que ficou na cidade de Chernigov, a nordeste de Kiev, passou a usar o inglês para ampliar o alcance de seus posts sobre a guerra. No entanto, ela prefere adotar um tom mais lúdico, como quando mostra como cozinhar borscht (um prato típico russo e ucraniano) em um abrigo antibombas. Em outro vídeo, caminha pelos escombros enquanto ouve um remix de uma música da Rihanna.

Essa não é a primeira vez que a Casa Branca colabora com “tiktokers” para passar suas mensagens. Os influenciadores dessa rede social, uma das preferidas dos mais jovens, já haviam sido mobilizados durante a campanha de vacinação contra a Covid-19.

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