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Covid: Arábia Saudita autoriza acesso à Meca para vacinados e menores de 65 anos

A Arábia Saudita anunciou neste sábado (9) que permitirá que 1 milhão de muçulmanos, sauditas e de todo o mundo, participem da peregrinação do hajj este ano, um número muito superior aos anos anteriores, marcados pela epidemia de coronavírus.

Peregrinos na Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita, em julho de 2021, quando o governo autorizou o acesso a 60 mil moradores locais, totalmente vacinados contra a Covid-19 e escolhidos por sorteio.
Peregrinos na Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita, em julho de 2021, quando o governo autorizou o acesso a 60 mil moradores locais, totalmente vacinados contra a Covid-19 e escolhidos por sorteio. © REUTERS - Ahmed Yosri
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O Ministério do Hajj, uma peregrinação realizada todos os anos à Grande Mesquita de Meca, "autorizou 1 milhão de peregrinos, estrangeiros ou nacionais, a realizar o hajj este ano", informou um comunicado. O governo quer assegurar a segurança dos peregrinos, "enquanto garante que o maior número possível de muçulmanos em todo o mundo possa realizar o hajj", continuou a nota.

Um dos cinco pilares do Islã, o hajj deve ser realizado por todos os muçulmanos pelo menos uma vez na vida, tornando esta uma das maiores reuniões religiosas do mundo. Só em 2019 a peregrinação reuniu cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Após o início da pandemia, em 2020, as autoridades sauditas permitiram a participação de apenas mil peregrinos. No ano seguinte, foi permitido o acesso a 60 mil moradores locais, totalmente vacinados, escolhidos por sorteio. As restrições alimentaram o ressentimento entre os muçulmanos que vivem no exterior e que não foram autorizados a participar.

De acordo com o anúncio divulgado neste sábado, o hajj deste ano será limitado a peregrinos vacinados e com idade inferior a 65 anos. Aqueles que vierem de fora da Arábia Saudita precisarão apresentar um teste PCR negativo com menos de 72 horas.

Renda anual de US$ 12 bilhões

O hajj é uma série de ritos religiosos realizados durante cinco dias na cidade mais sagrada do Islã, Meca, e áreas vizinhas do oeste da Arábia Saudita. Sediar o hajj é uma questão de prestígio para os líderes sauditas, responsáveis ​​pelos locais mais sagrados do Islã, estabelecendo sua legitimidade política.

Antes da pandemia, a peregrinação era uma importante fonte de renda para o reino, arrecadando cerca de US$ 12 bilhões por ano. Com uma população de cerca de 34 milhões de pessoas, a Arábia Saudita registrou mais de 751 mil casos de coronavírus desde o início da pandemia e 9.055 mortes, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

No início de março, o governo anunciou a suspensão da maioria das restrições relacionadas à Covid-19, incluindo o distanciamento social em locais públicos e a quarentena para os que chegam ao país e estejam vacinados, enquanto as máscaras agora são obrigatórias apenas em locais fechados.

(Com informações da AFP)

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