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Guerra na Ucrânia: papa pede "trégua na Páscoa" para "alcançar a paz"

O papa Francisco pediu neste domingo (10) uma "trégua de Páscoa" na Ucrânia "para alcançar a paz por meio de negociações de verdade", depois de celebrar em público a missa do Domingo de Ramos na Praça São Pedro. "Que comece uma trégua de Páscoa, mas não para recarregar as armas e retomar a luta. Não. Uma trégua para alcançar a paz por meio de negociações reais", declarou o pontífice.

Papa Francisco durante a missa do Domingo de Ramos na Praça São Pedro, no Vaticano, em 10 de abril de 2022.
Papa Francisco durante a missa do Domingo de Ramos na Praça São Pedro, no Vaticano, em 10 de abril de 2022. REUTERS - REMO CASILLI
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"Que tipo de vitória será a de fincar uma bandeira em uma pilha de ruínas?", se perguntou Francisco sobre "uma guerra sem fim à vista". "Uma guerra que todos os dias traz diante de nossos olhos massacres hediondos e crueldades atrozes cometidas contra civis indefesos", denunciou.

Na última quarta-feira (6), o papa havia criticado a "crueldade cada vez mais horrível" que atinge a Ucrânia, "inclusive contra civis", em referência ao "massacre de Bucha". Ele fez a declaração antes de beijar uma bandeira ucraniana desta "cidade martirizada".

No domingo passado (3), ao retornar de sua viagem a Malta, Francisco também expressou sua "disponibilidade" para ajudar a silenciar as armas na Ucrânia e disse estar pronto para ir a Kiev, depois de condenar uma "guerra de sacrilégios".

“Uma resposta massiva e global”

Em um discurso proferido no palácio presidencial de Valeta, capital de Malta, diante do presidente George Vella e do corpo diplomático, o papa não mediu palavras ao pedir “uma resposta massiva e global” da comunidade internacional diante do agravamento da "emergência migratória" em razão da guerra na Ucrânia, conflito fomentado, em sua opinião, por "algum poderoso tristemente preso às pretensões anacrônicas de interesses nacionalistas".

O pontífice referiu-se ao "vento gelado da guerra" vindo da "Europa Oriental" em uma clara referência ao presidente russo, Vladimir Putin, mas sem nomeá-lo.

(Com informações da AFP)

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