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Magnata da mídia de Hong Kong, Jimmy Lai é condenado a quase 6 anos de prisão

O magnata pró-democracia de Hong Kong Jimmy Lai foi condenado a cinco anos e nove meses de prisão neste sábado (10) por fraude, considerado culpado de ter quebrado o contrato de aluguel da sede do jornal liberal que ele dirigia.

O ativista pró-democracia de Hong Kong e magnata da mídia Jimmy Lai é escoltado por oficiais do Serviço Correcional, em Hong Kong, 12 de dezembro de 2020.
O ativista pró-democracia de Hong Kong e magnata da mídia Jimmy Lai é escoltado por oficiais do Serviço Correcional, em Hong Kong, 12 de dezembro de 2020. AP - Kin Cheung
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Lai foi considerado culpado de duas acusações de fraude por ocultar as atividades de uma empresa privada, Dico Consultants Ltd, na sede do agora fechado jornal Apple Daily, em violação de seu contrato de arrendamento.

O homem de 75 anos, que está entre os críticos mais proeminentes da China em Hong Kong, está preso desde dezembro de 2020 e já cumpriu uma sentença de 20 meses por reuniões não autorizadas.

Jimmy Lai era o chefe da Next Digital, empresa controladora do Apple Daily, que fechou suas portas em junho de 2021 após uma batida policial. Outro executivo da Next Digital, Wong Wai-Keung, 61, foi condenado por fraude e preso por 21 meses.

O juiz do tribunal distrital Stanley Chan escreveu em sua decisão que Lai "agiu sob a proteção de uma organização de mídia". Ele acrescentou que essas acusações contra um magnata da mídia "não equivalem a um ataque à liberdade de imprensa".

O juiz deduziu três meses de sua sentença porque Jimmy Lai reconheceu grande parte dos argumentos da promotoria.

Direitos humanos e liberdades fundamentais

Os governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos, expressaram preocupação com o destino do empresário e condenaram o que dizem ser uma deterioração geral na proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais sob a segurança nacional imposta pela China.

"O elaborado processo criminal de Pequim contra Jimmy Lai é uma vingança contra um dos principais defensores da democracia e da liberdade de mídia em Hong Kong", declarou Maya Wang, diretora da Human Rights Watch para a Ásia, com sede em Nova York, que pediu a libertação de Lai.

Os promotores alegaram que, de acordo com os termos do contrato de aluguel do jornal em uma área do governo em um parque científico, a propriedade só poderia ser usada para "edição e impressão" sem a aprovação prévia do operador.

Stanley Chan emitiu uma ordem proibindo Jimmy Lai de se tornar diretor de qualquer empresa por oito anos e multou-o em HK$ 2 milhões (cerca de R$ 1,4 milhão).

Advogados estrangeiros e segurança nacional

Outro julgamento, relacionado à segurança nacional e envolvendo o empresário, deve ser retomado nesta terça-feira (13). O processo foi adiado enquanto Pequim pondera sobre uma questão controversa: se advogados estrangeiros, incluindo o advogado britânico de Lai, Timothy Owen, devem ter permissão para trabalhar em casos de segurança nacional.

(Com informações da AFP)

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