Em liberdade, traficante de armas russo Viktor Bout diz "apoiar totalmente" ofensiva na Ucrânia
O traficante de armas russo Viktor Bout, libertado em uma troca com Washington pela jogadora de basquete americana Brittney Griner, prometeu seu apoio a Vladimir Putin e à ofensiva na Ucrânia.
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Em entrevista à mídia russa RT, neste sábado (10), ele confirmou que "sempre" teve um retrato do presidente russo, Vladimir Putin, em sua cela durante sua detenção nos Estados Unidos, onde foi condenado a 25 anos de prisão após ser preso em 2008 na Tailândia.
"Tenho orgulho de ser russo e nosso presidente é Putin", declarou ele. O ex-oficial do exército soviético de 55 anos também disse que apoia "totalmente" o ataque do Kremlin na Ucrânia.
"Se eu tivesse a oportunidade e as habilidades necessárias, eu me voluntariaria [para lutar na Ucrânia]", afirmou ele, dizendo que "não entendia" por que a ofensiva massiva de Moscou não ocorreu em 2014.
Bout também se apresentou, novamente, como um empresário que trabalhava legalmente, mas que serviu de "exemplo" para obrigar outros russos a aceitarem acordos com Washington, o que ele diz ter se recusado a fazer.
Recently freed from jail in the US, the "merchant of death" Viktor Bout tells Maria Butina how horrified he was to learn in America that there are 72 genders
— Francis Scarr (@francis_scarr) December 10, 2022
"Not just gay people and normal people, but 72!" pic.twitter.com/nMw7k0hpvl
Talibã, drogas e LGBTQ+
Ele também negou ter vendido armas aos talibãs, conforme o acusaram artigos da imprensa americana. "O Talibã colocou minha cabeça a prêmio. Então, como posso dizer que colaborei com eles? Não faz sentido", ele comentou.
Por fim, Viktor Bout acusou o Ocidente de encorajar "um suicídio da civilização" com "drogas, LGBTQ+".
Nascido, de acordo com um relatório das Nações Unidas, em 1967, em Dushanbe, capital da ex-república soviética do Tajiquistão, Viktor Bout estudou no Instituto Militar de Línguas Estrangeiras de Moscou, antes de entrar para a aeronáutica.
Ele conseguiu, a partir de 1991 e da queda da União Soviética, afirmam seus acusadores, adquirir a baixo preço uma quantidade de armamentos em bases militares da ex-URSS, então em pleno caos, e revendê-las em diversas zonas de conflito, em especial na África. Suas possíveis ligações com os serviços russos não são conhecidas.
(Com informações da AFP)
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