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Naufrágio na Tailândia: buscas resgatam um marinheiro com vida e cinco corpos

Uma vasta operação no Golfo da Tailândia nesta terça-feira (20) permitiu encontrar ainda com vida um dos marinheiros desaparecidos, além de cinco corpos, dois dias após o naufrágio de um navio das forças armadas. Mas o vento dificulta a missão das equipes de resgate das 24 pessoas ainda desaparecidas.

Um marinheiro resgatado da corveta HTMS Sukhothai é transferido para terra no porto de Bangsaphan, na província de Prachuap Khiri Khan, Tailândia, segunda-feira, 19 de dezembro de 2022.
Um marinheiro resgatado da corveta HTMS Sukhothai é transferido para terra no porto de Bangsaphan, na província de Prachuap Khiri Khan, Tailândia, segunda-feira, 19 de dezembro de 2022. AP - Anuthep Cheysakron
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Um membro da tripulação do HTMS Sukhothai, que afundou na noite de domingo (18) para segunda-feira (19), a cerca de 30 km da costa, ao largo de Bang Saphan (sul), foi encontrado "com boa saúde" nesta terça-feira, anunciou o comandante da Marinha Real Tailandesa Pichai Lorchusakul. "Esta é uma boa notícia, que mostra que podemos encontrar mais pessoas", acrescentou ele.

Dos 105 tripulantes - e não 106, conforme anunciado inicialmente pela Marinha -, 81 foram resgatados, restando 24 desaparecidos, de acordo com a última contagem oficial. "A dificuldade da missão de resgate é que há muito vento e ondas, o que levou ao mau funcionamento [do HTMS Sukhothai]. É o mesmo para salvar as vítimas", explicou o comandante Lorchusakul.

Quatro navios de guerra, dois aviões de patrulha marítima Dornier e quatro helicópteros foram destacados para a área de busca, de uma extensão de 50 quilômetros, que abrange as províncias de Prachuap Khiri Khan e Chumphon.

"A área de busca aumentou desde ontem [segunda-feira], estamos nos concentrando nas costas, dependendo das correntes e do vento", informou o porta-voz da Marinha, almirante Pogkrong Montradpalin.

"Espero que encontremos sobreviventes”

No cais, famílias de marinheiros desaparecidos mantêm os olhos fixos no horizonte na esperança de reavistar seus entes queridos, embora as chances de encontrá-los diminuam a cada hora.

Phongsri Suksawat, de 50 anos, acredita "100%" que seu filho mais novo, Chirawat Toophorm, 22, "voltará para casa", em Rayong (leste). "Eu gostaria de beijá-lo", diz ela.

Malinee Pudpong, 54, fez uma longa viagem da província de Roi Et (nordeste), na segunda-feira para esperar por seu sobrinho Saharat Esa, 21, que foi para o mar a bordo do HTMS Sukhothai. "Eu vim aqui para observar as ondas e me pergunto, 'Pelo amor de Deus, onde está meu sobrinho?'".

"Espero que encontremos sobreviventes, que tenham resistido graças aos coletes salva-vidas", declarou Narong Khumburi, oficial da Marinha que participa da missão de resgate. "Imagino que devam estar cansados" depois de duas noites no mar, ele acrescentou.

Ondas de três metros

O mar agitado, com ondas de "três metros", de acordo com um sobrevivente, contribuiu para danificar o sistema elétrico do HTMS Sukhothai e colocá-lo "fora do controle" da tripulação, informou a Marinha Real Tailandesa. É a "primeira vez" que um navio de guerra naufraga na Tailândia em tempos de paz, disse o comandante Lorchusakul na segunda-feira.

O escritório meteorológico da Tailândia reiterou nesta terça-feira seu pedido de cautela para a navegação no Golfo da Tailândia, devido aos ventos fortes que são esperados e que podem criar condições tempestuosas.

Na tarde de segunda-feira, a maioria dos tripulantes resgatados foi transportada de avião para um hospital militar administrado pela Marinha em Sattahip (leste). O primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, também ministro da Defesa, informou na segunda-feira que há "cerca de cinco feridos em estado grave".

O HTMS Sukhothai, de fabricação americana, foi comissionado em 1987, de acordo com o think tank do US Naval Institute. Em um dos piores naufrágios da história da Tailândia, mais de 40 turistas morreram, em julho de 2018, perto de Phuket.

(Com informações da AFP)

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