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Conselho de Segurança da ONU rejeita resolução do Brasil sobre conflito entre Israel e Hamas

Com veto dos Estados Unidos (EUA), o Conselho de Segurança da ONU rejeitou nesta quarta-feira (18) uma resolução apresentada pelo Brasil para dar uma resposta à crise humanitária na Faixa de Gaza. Os EUA criticaram o texto por não mencionar o “direito de Israel à defesa”.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU. Em Nova York, nesta quarta-feira 18 de setembro.
Reunião do Conselho de Segurança da ONU. Em Nova York, nesta quarta-feira 18 de setembro. REUTERS - MIKE SEGAR
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Dos 15 Estados-membros, 12 votaram a favor do texto levado à discussão pelo Brasil, país que preside o Conselho em outubro.

Dois países se abstiveram: o Reino Unido e a Rússia. Porém, os Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes, votaram contra, o que é suficiente para rejeitar por inteiro a resolução.

O Conselho de Segurança já havia rejeitado duas emendas russas ao texto do Brasil e que haviam sido negociadas arduamente durante dias.

Moscou apresentou o seu próprio texto, na noite de segunda-feira (16), que foi fortemente rejeitado por três membros permanentes (Estados Unidos, França e Reino Unido) e pelo Japão.

O projeto de resolução brasileiro “condenava veementemente toda violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo”, rejeitando e condenando “inequivocamente os ataques terroristas hediondos do Hamas em 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns”.

O texto proposto pelo Brasil "exortava todas as partes a cumprirem integralmente as obrigações do direito internacional, incluindo os direitos humanos internacionais, inclusive durante as hostilidades", e cobrava de Israel, sem mencionar o nome do país, o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. O texto também não apontava Israel nominalmente pelos bombardeios em Gaza. O projeto ainda apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns e previa tréguas humanitárias para permitir o acesso à ajuda.

Aliados militares do Estado hebreu, os Estados Unidos se opuseram à resolução porque o texto não mencionava o direito de autodefesa de Israel. Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, argumentou que seu país havia ficado "desapontado" com a falta dessa menção à defesa israelense.

 

(Com informações da RFI)

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