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Trabalhadores tailandeses em Israel têm salários retidos e são obrigados a ficar no país

Em Israel, trabalhadores tailandeses que tentaram voltar para seu país, após os ataques do Hamas, tiveram seus salários retidos pelos empregadores. A permanência deles em zonas de risco gera indignação na Tailândia.  

Um trabalhador tailandês retirado de Israel encontra familiar em sua chegada no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Samut Prakarn, na Tailândia, em 12 de outubro de 2023.
Um trabalhador tailandês retirado de Israel encontra familiar em sua chegada no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Samut Prakarn, na Tailândia, em 12 de outubro de 2023. AP - Sakchai Lalit
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Carol Isoux, correspondente da RFI em Bangkok

Israel não pode usar o pagamento do salário para conter os tailandeses, disse o primeiro-ministro tailandês, Sretta Thavisin, na quarta-feira (25). Ele afirma que teve uma longa conversa telefônica com o embaixador israelense na Tailândia sobre o assunto.

Alguns empregadores nas zonas fronteiriças da Faixa de Gaza ameaçam adiar os pagamentos de seus empregados tailandeses para forçá-los a continuar a trabalhar. A maioria deles assinou contratos de vários anos, por meio de agências internacionais.

Dos 8 mil tailandeses que solicitaram a repatriação, apenas 4 mil chegaram à Tailândia. Alguns empregadores também oferecem aumentos salariais, mas o governo tailandês diz a seus cidadãos para voltarem para casa.

O Ministro da Agricultura anunciou o estabelecimento de um programa especial no qual os repatriados de Israel poderiam compartilhar seus conhecimentos sobre técnicas agrícolas inovadoras, com salários certamente inferiores aos que recebiam em Israel, mas em um nível “decente”, segundo o ministro. A renda seria superior ao salário médio de um agricultor tailandês, estimado em € 160 por mês (cerca de R$ 137).

Tailandeses mortos em 6 de outubro 

Trinta cidadãos tailandeses morreram no ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, e 19 foram feitos reféns.

A maioria deles é proveniente de regiões pobres da Tailândia e trabalha em Israel no setor agrícola. Devido ao conflito, milhares deixaram Israel nas últimas semanas, causando escassez de mão de obra no setor.

Até agora, as autoridades tailandesas evitaram tomar posição no conflito. O primeiro-ministro afirma que usa conexões pessoais para liberar os reféns. 

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