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Exército israelense invade hospital Al-Shifa e ONU pede fim da 'carnificina em Gaza'

Na madrugada de quarta-feira (15), o Exército israelense lançou uma operação "direcionada" contra o Hamas no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, onde milhares de pessoas estão abrigadas. O centro de saúde é considerado um local militar estratégico para o movimento islâmico palestino por Israel e pelos Estados Unidos. Várias organizações internacionais expressaram preocupação com o destino dos civis, enquanto a ONU pediu o fim da "carnificina em Gaza".

Soldados do exército israelense em operação no hospital Al-Shifa, Gaza, 15 de novembro de 2023.
Soldados do exército israelense em operação no hospital Al-Shifa, Gaza, 15 de novembro de 2023. AFP - -
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O Exército israelense afirma que realiza uma operação "direcionada" no hospital Al-Shifa. A Autoridade Palestina considera isso uma "violação" do direito internacional. Segundo a agência AFP e a agência palestina WAFA, as tropas israelenses se retiraram do hospital e estão posicionadas em torno do prédio.

O exército israelense está convencido de que o centro hospitalar serve como base estratégica para os combatentes do Hamas e ordenou sua evacuação para realizar uma operação militar, embora milhares de pessoas ainda estejam refugiadas no interior do prédio.

O Exército israelense tem "equipes médicas e soldados que falam árabe no local, que foram treinados especificamente para esse ambiente sensível e complexo, com o objetivo de garantir que nenhum dano seja causado aos civis usados pelo Hamas como escudos humanos", disse o comunicado das Forças Armadas de Israel, sem especificar seus alvos.

"Estou no hospital e vejo dezenas de soldados e comandos na sala de emergência e na área de recepção, e há tanques que entraram no complexo hospitalar", disse à agência AFP Youssef Abul Reesh, funcionário sênior do Ministério da Saúde do governo do Hamas, pedindo à ONU e à comunidade internacional que intervenham "imediatamente" para pôr fim à operação.

Israel diz ter encontrado armas no hospital

O Exército israelense afirma ter encontrado "munições, armas e equipamentos militares" do Hamas no hospital Al-Shifa. A informação foi negada pelo movimento islâmico palestino. Várias organizações internacionais expressaram preocupação com o destino dos civis que estão no hospital, enquanto a ONU pediu o fim da "carnificina em Gaza". 

Neste 40º dia de guerra, 11.500 palestinos - incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres - foram mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, que começaram em represália aos ataques do Hamas, em 7 de outubro, conforme o Ministério da Saúde administrado pelo movimento islâmico palestino.

Cerca de 1.200 pessoas - a grande maioria civis - foram massacradas no ataque do Hamas em 7 de outubro e 46 soldados foram mortos em Gaza desde o início das operações militares, segundo as autoridades israelenses.

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