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A Semana na Imprensa

Revistas francesas destacam o adeus 'à soberana mais midiatizada do planeta'

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As revistas francesas que chegam às bancas estão recheadas de homenagens à rainha Elizabeth II, que morreu no dia 8 de setembro, aos 96 anos. Longas reportagens, ilustradas com fotos históricas, relatam os 70 anos de reinado da soberana e sua relação de proximidade com a França.

Neste arquivo foto tirada em 18 de novembro de 2009, a Rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha retorna ao Palácio de Buckingham, no centro de Londres, após participar da cerimônia oficial de abertura do Parlamento em Westminster, em 18 de novembro de 2009.
Neste arquivo foto tirada em 18 de novembro de 2009, a Rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha retorna ao Palácio de Buckingham, no centro de Londres, após participar da cerimônia oficial de abertura do Parlamento em Westminster, em 18 de novembro de 2009. AFP - LEON NEAL
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 A L’Obs traz na capa uma foto em preto e branco de Elizabeth II e o título: “A rainha de um século”. “A soberana mais midiatizada do planeta se apaga”, depois de um dos reinados mais longos da história das monarquias, diz a reportagem. Porém, “fica o mistério de uma vida de abnegação”.

“Desde a coroação transmitida pela televisão, a rainha se tornou uma das personalidades mais conhecidas do mundo. Raros são aqueles que não a tenham visto com seus chapéus improváveis e tailleurs coloridos”, afirma a revista. A rainha, que nasceu no tempo do cinema mudo, morreu na era das “selfies” e dos vídeos virais, completa L’Obs, justificando a sensação de que ela estava em todos os lugares, assim como pelas inúmeras representações da monarca, seja em moeda corrente, estátuas, decoração de prédios públicos, camisetas ou canecas vendidas em profusão. “Elizabeth II era uma pop star: admirável e jamais imitável”, afirma o texto.

Longe de narcisismo, “ela era o retrato vivo de seu país”, afirma a revista semanal, destacando que quase não há registros que possam “sujar a sua existência real” e abalar o ícone, cuja trajetória é descrita em 38 páginas.

A revista destaca que o rei Charles III não dispõe do mesmo carisma da mãe. E dedica um trecho de sua edição semanal ao luto nacional: as histórias de britânicos comuns e a sua relação com a monarquia. A L’Obs não deixa de citar, contudo, os desafios atuais do Reino Unido, como a inflação galopante e a instabilidade política.

De Gaulle e Mitterrand

As revistas francesas também destacam os encontros da rainha com dez presidentes franceses e a sua preferência por dois deles: o general De Gaulle e François Mitterrand. Todos tinham uma “veneração por essa rainha indestrutível”, destaca a L’Obs. A rainha “apaixonada pelo país de Victor Hugo” e por cavalos, um hobbyque a levou a visitar com frequência os haras da Normandia, é lembrada com carinho pelos franceses.

L’Express traz na capa uma foto de Elizabeth II dentro de sua carruagem real e o título: “O adeus majestoso”. A revista traz entrevistas, artigos de opinião sobre a longevidade da monarquia britânica e uma longa cronologia dos principais momentos da trajetória  da rainha.

Trechos de seus discursos mais relevantes também são reproduzidos. “Mesmo que diferenças profundas nos separem, tratar os outros com respeito, como seres humanos, é sempre um bom primeiro passo”, disse a soberana, em 2018, sobre o Brexit.

A revista observa a forma como Elizabeth II conseguiu “consolidar seu elo com a população” britânica, como uma “autoridade moral” e “figura maternal”. Já a revista Le Point traz a morte da rainha apenas em sua sessão de obituários.

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