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Contagem Regressiva Paris 2024

Conheça as Yaras, time de rugby feminino do Brasil já classificado para Paris 2024

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Entre as equipes brasileiras já classificadas para os Jogos Olímpicos Paris 2024 está a seleção brasileira feminina de rugby. A única representante da América do Sul nesta modalidade a competir em Paris. Elas estiveram presentes em todas as edições dos Jogos desde que o rugby foi incluído no programa olímpico, no Rio de Janeiro, em 2016.

Luiza Campos, da seleção feminina de rugby
Luiza Campos, da seleção feminina de rugby KLCfotos - Mike Lee
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Maria Paula Carvalho, da RFI

"Nós estamos agora há quatro meses para os Jogos Olímpicos. Estamos no meio do circuito mundial e temos mais algumas etapas pela frente, que usaremos como preparação para chegar nos Jogos Olímpicos arrasando", diz Luíza Campos, a capitã do time, em entrevista à RFI.

"A gente conseguiu a nossa vaga no qualificatório, a gente fez um ótimo torneio e conseguiu a vaga antes mesmo de chegar na final. Então, foi muito emocionante porque todo o trabalho que a gente vinha fazendo deu resultado", acrescenta a atleta.

Luiza explica que o time tem como mascote a índia Yara: "ela é uma guerreira que busca conquistar o seu espaço na tribo como lutadora. Então, a gente pode colocar isso como a paixão que a gente tem no rugby também, pois a gente tem essa paixão pelo esporte. E a gente está sempre tentando buscar o nosso espaço nesse mundo que é predominantemente masculino", afirma. "Yara teve muita disciplina para poder se tornar uma das melhores guerreiras da tribo dela. E a gente também tem muita disciplina nos treinos para buscar um espaço maior para o Brasil no ranking mundial", promete a capitã.

A preparação do grupo acontece no NAR, o núcleo de alto rendimento de atletas, em São Paulo. "A gente treina todos os dias de segunda a sexta aqui no NAR. Geralmente são dois períodos fazendo preparação física, fisioterapia, rugby. A gente é uma seleção que está permanente aqui em São Paulo. Então, a gente consegue treinar todos os dias com as melhores atletas que tem no Brasil", diz Luíza Campos.

Luiza Campos, da seleção feminina de rugby
Luiza Campos, da seleção feminina de rugby KLCfotos - Mike Lee

Ela conta sobre o entrosamento do grupo: "antes dos jogos, todo mundo tem um período para poder se concentrar. Tem gente que gosta de fazer malabares, tem gente que começa a treinar um passe, tem gente que gosta de botar música e ficar dançando. E aí, quando acaba esse período de preparação, vai todo mundo junto para o aquecimento, para a gente começar a criar uma conexão", diz. "Na entrada do túnel, a gente sempre se junta e dá duas respirações para todo mundo poder entrar bem conectado. Vai todo mundo gritando o nome uma da outra, para todo mundo entrar bem junto", diz.

A capitã das Yaras fala sobre a oportunidade de competir na França, um país que tem tradição nessa modalidade. "Jogar em países que tem o rugby como um esporte cultural é sempre muito legal, porque sempre tem muita torcida e a torcida não é nem só para o time da casa ou só para o time que está ganhando. Então, a torcida acaba incentivando muito todos os times que estão lá tentando fazer seu melhor. E é muito bom", afirma. "A gente estará na Olimpíada para mostrar que o Brasil não é um país só de futebol. A gente quer mostrar para o mundo inteiro que o rugby e todos os outros esportes estão crescendo bastante no Brasil e estão se desenvolvendo", comemora. 

Mensagem à torcida

"Eu quero pedir muito a torcida de todo mundo, que está espalhado não só pela França, mas que gosta de rugby, que gosta de assistir as Yaras para estar torcendo para a gente nesses Jogos Olímpicos e em todos os momentos, dando o seu apoio e gritando para gente lá. Vai ser muito bom", conclui.

Luiza Campos, da seleção feminina de rugby
Luiza Campos, da seleção feminina de rugby © Divulgação

Campeonato Mundial

O próximo dia 29 de junho promete ser um divisor de águas na história da seleção brasileira feminina de rugby XV. Será nesta data que as Yaras buscarão a inédita classificação para a Copa do Mundo da modalidade, marcada para 2025, na Inglaterra. Para isso, a equipe precisa vencer a Colômbia em jogo único, valendo vaga direta para o Mundial. A partida está marcada para Assunção (Paraguai), em campo neutro.

“Será um jogo muito importante para o rugby feminino brasileiro, que atualmente é muito forte no sevens. Agora precisamos construir a cultura do XV. Estamos organizando training camps e precisamos que as atletas joguem o maior número possível de partidas. A Colômbia nos venceu nos últimos encontros, mas estamos trabalhando muito forte”, afirmou o treinador da seleção brasileira, Emiliano Caffera.

Brasil e Colômbia são os únicos países sul-americanos na atualidade a contarem com seleções femininas de rugby XV, o que explica a realização das eliminatórias em jogo único. No ano passado, as equipes se enfrentaram em três ocasiões, todas com vitórias colombianas.

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