Em Pretória, Dilma pede fim da repressão na Síria
Durante a cúpula do IBAS, grupo formado pela Índia, Brasil e África do Sul, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para o fim da violência na Síria. Para Dilma, existe a necessidade de um diálogo nacional, mostrando um pouco mais de firmeza na posição brasileira.
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A declaração final assinada pelos três países adotou um tom mais firme em relação à violência do regime do presidente Bachar Al Assad, que já dura sete meses. O governo brasileiro reconhece que os esforços foram limitados até agora. “Defendemos o fim da repressão e encorajamos o diálogo nacional para lograr uma saída não-violenta,” declarou a presidente Dilma Rousseff.
O Brasil se absteve na votação no Conselho de Segurança da ONU da resolução contra a repressão no país, proposta pela comunidade internacional no dia 4 de outubro. Os três países também anunciaram o envio de uma nova missão à Síria, que poderia ser organizada com o apoio da Liga Árabe. O governo sírio também ainda não recebeu a comissão do Conselho de Direitos Humanos da ONU que deverá investigar os crimes cometidos pelo regime.
O Brasil, a Índia, e África do Sul também voltaram a exigir uma reforma da ONU, ressaltando “o desequilíbrio do mundo ”, e afirmando que vão continuar a trabalhar para "assegurar uma transformação do sistema de governança mundial.” Os três países esperam, a médio prazo, obter uma cadeira no Conselho Permanente de Segurança da Organização, formado pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha, que têm poder de veto.
Durante a Cúpula, também foram discutidas possíveis soluções para a crise mundial, que serão debatidas durante a reunião do G-20, nos dias 3 e 4 de novembro em Cannes, no sul da França. "Temos as mesmas preocupações em relação à crise qui atinge os países do hemisfério norte. Fazemos um apelo aos seus líderes para impedir que ela não se transforme em uma crise mundial", disse Dilma.
Presidente Dilma Rousseff
Na reunião, também foram apresentados projetos para criação de um fundo internacional de luta contra a pobreza e de um satélite estimado em 1 milhão de dólares, para monitorar as mudanças climáticas. A presidente Dilma Rousseff chega agora à noite a Maputo, em Moçambique, onde deve detalhar um plano de ação para os próximos anos sobre a prospecção de petróleo, no litoral africano. A empresa Odebrecht é a maior empregadora do país.
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