Descobertas da Comissão da Verdade reacendem debate sobre revisão da Lei da Anistia
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A Comissão Nacional da Verdade, que apura violações aos direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar (1964-1985), completou um ano e divulgou um balanço de suas descobertas. Há casos de tortura ocorridos dentro de universidades federais e da Petrobras, listas oficiais que admitem mortes de opositores e informações que revelam que a tortura começou desde o início do regime e não só alguns anos depois, quando a ditadura ficou mais violenta.
As revelações da comissão, que já ouviu 268 pessoas, entre elas agentes da repressão, reacendem o debate sobre a revisão da Lei da Anistia, que ao final da ditadura perdoou opositores, mas também torturadores, o que impede punições até hoje. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal manteve o entendimento de que a lei vale para os dois lados.
Neste programa, você ouve o advogado José Carlos Dias, membro da Comissão da Verdade e ex-defensor de presos políticos, que está entre os que querem manter a anistia geral. Já o ativista Maurice Politi, da ONG Núcleo de Preservação da Memória Política, acha que as conclusões da Comissão da Verdade podem servir para pressionar o STF a rever sua decisão.
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