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Londres/detenção

Miranda pede devolução de equipamentos apreendidos por justiça londrina

O brasileiro David Miranda, companheiro do repórter do The Guardian Glenn Greenwald, poderá processar as autoridades britânicas caso os equipamentos confiscados pela polícia do país durante sua detenção no aeroporto de Heathrow não sejam devolvidos. A informação foi publicada hoje no jornal inglês.

O jornalista britânico Glenn Greenwald (e) abraça seu companheiro, o brasileiro David Miranda (d), na chegada ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em foto desta segunda, 19 de agosto de 2013.
O jornalista britânico Glenn Greenwald (e) abraça seu companheiro, o brasileiro David Miranda (d), na chegada ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em foto desta segunda, 19 de agosto de 2013. REUTERS/Ricardo Moraes
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Segundo o The Guardian, os advogados do brasileiros enviaram uma carta para a secretária Theresa May e a direção da polícia de Londres, alertando que entrariam com uma ação na Justiça contra a detenção ilegal de Miranda, baseada em leis anti-terroristas. Eles também pedem a devolução imediata do computador e de outros equipamentos eletrônicos confiscados durante o interrogatório no aeroporto de Londres. Entre eles, o celular do brasileiro, videogames, pendrives e DVDs.

Os advogados do escritório Bindmans também buscam garantias oficiais de que não houve inspeções, cópias, transferência, distribuição e interferência nas informações que constam nos dispositivos móveis. Caso isso já tenha acontecido, o objetivo é manter os objetos em um local seguro durante o processo.

Interrogado durante nove horas em Heathrow, David Miranda vinha da Alemanha, onde se encontrou com Laura Poitras, outra repórter do Guardian que trabalha com Greenwald no caso Snowden. Ele trouxe documentos secretos para ela e deveria levar outros para o Brasil. Em entrevista à imprensa brasileira, Miranda declarou que desconhece o teor das informações entregues por Snowden.

Caso as autoridades do país não deêm uma resposta até a quinta-feira, o escritório entrará com um pedido urgente na Justiça. Segundo o texto da carta enviada às autoridades, o interrogatório do brasileiro desrespeita a legislação europeia de proteção aos direitos humanos, além da própria atividade jornalística. A ação tem o apoio do The Guardian.

Alan Rusbridger, editor do jornal, disse nesta segunda-feira que foi obrigado por agentes do governo britânico a destruir o disco rígido com as informações de Snowden, o ex-agente da CIA que obteve asilo na Rússia depois de revelar um esquema de espionagem planetário da NSA, a agência de segurança americana.
 

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