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Brasil/Le Monde

Ação do BC para conter alta do dólar é destaque na imprensa francesa

O site do jornal Le Monde desta sexta-feira destaca a estratégia do Brasil para salvar o real. A reportagem analisa o anúncio feito pelo Banco Central nesta quinta-feira, que deverá injetar 50 bilhões de dólares até o final do ano na tentativa de conter a desvalorização da moeda e a desaceleração econômica.

O ministro da Economia, Guido Mantega, durante participação em evento do FMI no Banco Mundial, em Washington, em abril deste ano.
O ministro da Economia, Guido Mantega, durante participação em evento do FMI no Banco Mundial, em Washington, em abril deste ano. EUTERS/Yuri Gripas
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O Le Monde lembra que o real desvalorizou 8% em relação ao dólar. O Brasil faz parte, ao lado da Índia, da Rússia e da Turquia, das principais vítimas do movimento de ‘desconfiança’ do mercado financeiro em relação aos países emergentes.

Os investidores, diz o jornal, preferem apostar no aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, e retirar o capital dos emergentes, que apresentam, em sua avaliação, fragilidades estruturais.

Para defender a moeda brasileira, o Banco Central do Brasil vai lançar uma operação no mercado injetando 500 milhões de dólares por dia às segundas, terças, quartas e quintas-feiras, na forma de swaps, operação cambial em que a compra e a venda de moedas acontece simultaneamente. Na sexta-feira, o BC vai organizar um leilão no mercado de câmbio de um valor total de 1 bilhão de dólares.

O Le Monde lembra que a estratégia de defesa da moeda anunciada pelo Brasil acontece algumas horas depois do anúncio de que o crescimento da economia brasileira atingirá no máximo 2,5% em 2013, contra uma previsão anterior de 4%.

O jornal francês ainda cita uma entrevista do ministro da Fazenda Guido Mantega à imprensa brasileira, onde ele afirma que o governo estava pronto para sacrificar o crescimento econômico pra lutar contra a inflação.O BC, salienta o Le Monde, anunciou em julho o aumento da taxa de juros, que atingiu 8,5%, pela terceira vez consecutiva.

A medida impede lutar contra a alta dos preços e a fuga de capitais, mas ao mesmo tempo desacelera o consumo e, consequentemente, atinge o crescimento. Mas a inflação caiu a 6,27% em 12 meses, abaixo do teto de 6,5% estipulado pelo governo.
 

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