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Brasil/eleições 2014

Lula tenta alavancar votos para Dilma em São Paulo

Numa tentativa de mostrar a coesão dos movimentos sociais em torno da candidatura de Dilma Rousseff, centenas de pessoas se reuniram na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo, em uma caminhada até a Praça da Sé nesta sexta-feira (24). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o grande protagonista do evento. No Estado de São Paulo, a petista aparece em grande desvantagem em relação a Aécio Neves.

Encerramento da campanha de Dilma Rousseff em São Paulo.
Encerramento da campanha de Dilma Rousseff em São Paulo. Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
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Nesse último ato da campanha de Dilma Rousseff,  Lula voltou a usar o estilo "lulinha paz e amor", de 2002, e não fez nenhum ataque ao candidato do PSDB. Por causa da restrição da lei eleitoral, o ex-presidente teve que se contentar em pedir calma aos eleitores.

"A gente vai retornar para casa do jeito que a gente veio, tranquilamente. Não aceitar nenhuma provocação, não vamos aceitar. Porque temos que mostrar que nossa briga não é apenas em defesa de uma pessoa, é em defesa de uma causa, de um projeto", disse Lula diante de centenas de militantes. Nomes importantes do PT em São Paulo, como o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também estiveram no ato.

Movimentos sociais em torno de Dilma

A marcha desta sexta-feira contou com a presença de representantes de diversos movimentos sociais. Em alguns desses segmentos, houve um esfriamento na relação com a presidente Dilma Rousseff a partir da segunda metade do mandato. Mas, diante da possibilidade de vitoria de Aécio Neves, essas forças parecem ter voltado a se unir em torno do PT.

"Eu faço muitas críticas à presidente. Acho que ela não avançou em causas importantes da esquerda como o direito ao aborto, a luta contra os grandes conglomerados de mídia e mais demarcações de terras indígenas. Mas acho importante continuarmos com esse governo. Por isso, estou aqui", disse o estudante de Ciências Sociais Ivan Gomes.

A militante estudantil Bianca, de 18 anos, também veio ao evento com amigos. "Ano passado estive em algumas passeatas pelo movimento passe livre. Acho que só a Dilma pode ouvir essas reivindações. Ela fez muito pela educação. A gestão do PSDB na educação em São Paulo é um desastre. Não quero isso para o Brasil”, disse.

Camilo, educador há mais de 30 anos, engrossa o apoio à candidata à reeleição. "Quando a gente faz a comparação entre as propostas, não há dúvida alguma que tem que ter a continuidade do governo de Dilma". O professor, porém, faz ressalvas ao desempenho do primeiro mandato : "Houve muito avanço no acesso dos jovens às universidades, mas precisamos avançar na educação de base, especialmente entre as crianças de 4 e 5 anos”, ponderou.

Maior colégio eleitoral do Brasil apoia o PSDB

Apesar do entusiasmo dos militantes, São Paulo pode representar uma dor de cabeça para Dilma Rouseff. Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que o candidato Aécio Neves (PSDB) lidera a disputa presidencial em São Paulo com 55% das intenções de votos, contra 34% para a candidata petista.

Nesta sexta-feira, a revista Veja trouxe reportagem afirmando que a presidente Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema de cobrança de propina na Petrobras, segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef. Sobre esse novo escândalo, Lula disse que "não acha nada da Veja" e reiterou: "Eu não leio a Veja".

04:07

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