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Dilma/EUA/ONU

Dilma evita falar de política interna durante passagem por Nova York

A presidente brasileira participou neste domingo (27) em Nova York do Encontro de Líderes Globais Sobre Igualdade de Gênero. Dilma Rousseff defendeu o papel das mulheres como protagonistas no processo de inclusão social no Brasil. Mas ao ser questionada sobre o futuro da Secretaria da Política para Mulheres, a chefe de Estado preferiu evitar assuntos de política interna.

Dilma fez discurso durante o Encontro de Líderes Globais Sobre Igualdade de Gênero
Dilma fez discurso durante o Encontro de Líderes Globais Sobre Igualdade de Gênero Roberto Stuckert Filho/PR
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

Logo após discursar no Encontro de Líderes Globais Sobre Igualdade de Gênero, na manhã deste domingo na sede das Nações Unidas, Dilma se recusou a tratar do que já se dá como certo em Brasília: a extinção da Secretaria da Política para Mulheres. O ministério seria uma das vítimas do corte de gastos do Executivo, a ser anunciado nos próximos dias, mas a presidente não quis tratar do contrasenso que seria o provável fim da pasta. “Não vou responder sobre a reforma administrativa”, retrucou Dilma.

Durante seu discurso, a chefe de Estado destacou as políticas públicas de seu governo, como a implantação da Casa da Mulher Brasileira, voltada para o apoio a vítimas de violência. A presidente ressaltou que tem sido um esforço contínuo a construção da igualdade de gênero. “As mulheres vêm sendo protagonistas do processo de inclusão social em curso no Brasil. Elas são as principais receptoras das políticas de renda e de acesso à moradia, à saúde e à educação (...) Devemos percorrer o caminho do nosso empoderamento. As mulheres não são apenas destinatárias de políticas e de iniciativas públicas. Devemos falar por nós mesmas", disse Dilma.

Índios e política energética

Mais cedo, ao anunciar metas ambiciosas de corte da emissão de gases do efeito estufa, se comprometendo a uma diminuição de 37% das emissões até 2025 e de 43% até 2030, principalmente por conta da redução do desmatamento da Amazônia, Dilma teve de tratar com os jornalistas de um tema incômodo ligado à política energética de seu governo para a região: o tratamento dado aos índios que vivem nas proximidades de dois mega-projetos, as Usinas Hidrelétricas de Belo Monte e de São Luís de Tapajós. A presidente, que disse “ser impossível para o Brasil hoje abrir mão da energia hiderlétrica”, reconheceu “possíveis falhas” e afirmou estar “fazendo um imenso esforço para compatibilizar a geração de energia com a preservação ambiental”.

Dilma Rousseff abre, na segunda-feira (28), como é tradição para presidentes brasileiros, a 70ª Assembléia-Geral da ONU. 

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