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Chicago

Nos EUA, Marina defende novas eleições para solucionar crise no Brasil

A ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) disse a estudantes universitários brasileiros, neste sábado (9), na Universidade de Chicago, que o melhor caminho para solucionar a crise no Brasil passa pela sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o financiamento da campanha de 2014.

Marina Silva participou de conferência sobre a crise política brasileira em Chicago, nos EUA
Marina Silva participou de conferência sobre a crise política brasileira em Chicago, nos EUA Vagner Campos/MSILVA Online
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Ligia Hougland, correspondente em Washington

A ex-senadora e líder da Rede defendeu a cassação da chapa de Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, e a realização de novas eleições. Ela disse que não vê como a crise pode ser solucionada com a atual presidente ou seu vice no Palácio do Planalto.

O TSE analisa, desde o ano passado, uma ação de impugnação da última eleição presidencial, com base em acusações do PSDB de que a campanha da chapa Dilma/Temer teria sido financiada parcialmente pelo esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e investigado pela Operação Lava Jato. Se o tribunal julgar o pedido procedente, tanto a petista quanto o peemedebista poderiam ser cassados.

Marina foi uma das palestrantes da conferência promovida pela BrazUSC (Conferência de Estudantes Brasileiros), um evento da Brasa, a maior associação de estudantes universitários brasileiros no exterior.

Deputados da Rede estão livres para votar impeachment 

Em Chicago, Marina disse que a renúncia, embora tenha legalidade, não é uma alternativa para Dilma, só restando a opção do impeachment. “Nossa presidente não consegue ser razoável diante da crise que estamos vivendo”, disse a fundadora da Rede. No entanto, Marina assegurou que os membros de seu partido estarão livres para votar no plenário de acordo com a consciência deles.

Marina afirmou que seu partido continuará a apoiar o trabalho da Operação Lava Jato. Ela concorda com o juiz Sergio Moro que a corrupção é um problema universal, mas que virou um processo sistêmico no país. Moro também fez palestra durante a conferência, na sexta-feira.

A ex-senadora repudiou a política paternalista e o que chamou de relação infantilizada do político com o eleitor e vice-versa, dizendo que a ideia de estado provedor não é sustentável e que é preciso que as pessoas e os políticos trabalhem juntos para que o país avance. “Não é sustentável você achar que tem um Messias para salvar a pátria”, disse Marina.

Lula e Marina lideram corrida presidencial de 2018

Pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado (9) aponta o ex-presidente Lula (PT) e Marina Silva na liderança da corrida eleitoral para presidente em 2018. Em três dos quatro cenários pesquisados, Lula e Marina aparecem em empate técnico.

Questionada sobre esses resultados, a ex-senadora disse em Chicago que não presta atenção em pesquisas, "pois elas são apenas registros do momento". Na eleição de 2014, Marina ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 21% dos votos.

O evento da BrazUSC reuniu cerca de 300 participantes em dois dias de palestras. Além de Marina e Moro, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy e o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida também falaram aos estudantes.

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