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Luxemburgo/julgamento

Luxemburgo inicia julgamento do "Luxleaks"

O caso conhecido como "Luxleaks", que resultou no vazamento de 22 mil páginas de documentos secretos de grandes multinacionais estabelecidas em Luxemburgo, começa a ser julgado nesta terça-feira (26) no país.

Três jornalistas são acusados no caso
Três jornalistas são acusados no caso Reuters/路透社
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Três franceses, entre eles um jornalista, devem se apresentar a um tribunal correcional do país vizinho. Eles podem ser condenados a até 10 anos de prisão. Antoine Deltour, de 31 anos, que vazou o material, chegou ao tribunal sob aplausos dos cerca de 50 manifestantes. Ele é acusado de ter divulgado as informações da auditoria PricewaterhouseCoopers, onde trabalhava.

Deltour passou os documentos para o jornalista Edouard Perrin, que revelou o escândalo em 2012 na televisão francesa. Ele é acusado de cumplicidade e violação de segredo profissional.

O caso levanta um grande debate na europa sobre como devem ser julgados os chamados whistleblowers, pessoas que vazam informações consideradas de interesse público - os mais famosos são Julian Assange, que revelou o Wikileaks, e Edward Snowden, que trouxe à tona o escandâlo de monitoramento eletrônico da NSA.

O julgamento ocorre ao mesmo tempo em que ocorrem as revelações do Panama Papers, e no momento que Luxemburgo tenta se livrar da imagem de paraíso fiscal.

Milhares de documentos foram divulgados

Milhares de páginas confidenciais sobre as práticas fiscais instaladas em Luxemburgo foram divulgadas, praticadas principalmente pela empresa PwC, citada nos documentos. Os fatos datam da época em que Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, era primeiro-ministro do país. Um membro de sua equipe atual em Bruxelas, a comissária para a concorrência, Margrethe Vestager, foi citada como testemunha pela defesa.
 

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