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Imprensa internacional repercute com espanto a anulação do voto pró-impeachment

O canal de TV norte-americano CNN afirmou em nota dramática que “o governo brasileiro, manchado pelo escândalo de corrupção, afunda no caos” após a decisão do atual presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o resultado da votação do impedimento da presidente Dilma Rousseff.

A CNN destaca o "caos" do momento político no Brasil.
A CNN destaca o "caos" do momento político no Brasil. Reprodução
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“É ainda incerto se o Senado dará continuidade ao voto da Câmara dos Deputados, avançando com os procedimentos que poderiam destituir Rousseff do poder por seis meses”, avalia a CNN.

O inglês The Guardian também se envereda pela teoria da confusão, afirmando que a anulação do voto do impeachment “joga a legislatura brasileira no caos”. The Guardian especula ainda se Waldir Maranhão “não estaria agindo para favorecer seu predecessor”, Eduardo Cunha.

O Le Monde reagiu com surpresa à reviravolta na crise política brasileira: “O procedimento de destituição contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ganha contornos inesperados”, afirma o diário francês. Le Monde acredita que a decisão de Maranhão criou um “efeito de grande confusão”.

O Libération repercute a frase da presidente Dilma Rousseff, desta segunda-feira (9): “Esperem um minuto, depois gritaremos todos juntos”. O Libé disse que a notícia da anulação do voto na Câmara caiu como uma bomba no cenário político brasileiro, uma vez que o impedimento já era “dado como certo”. O jornal francês destaca ainda o “golpe teatral orquestrado por Waldir Maranhão”. “A presidente escapou?” “A decisão de Maranhão é válida?”, questionou ainda o Libé, em seu site, nesta segunda-feira (9).

Le Parisien arrisca em sua manchete um “Enorme golpe teatral no Brasil: a destituição de Dilma Rousseff é suspensa”. “Uma volta ao começo?”, pergunta, por sua vez, o jornal Le Figaro. Os jornais franceses destacaram ainda a postura da presidente brasileira, que afirmou “não conhecer as consequências desta decisão” e que era necessário “ser prudentes”.

Menos dramático, o New York Times relatou a anulação da decisão como um evento que gerou “grande tumulto dentro da disputa pelo poder no maior país da América Latina”. O jornal americano classifica o deputado Waldir Maranhão como um “advogado obscuro” que assumiu a direção da Câmara depois que “o Supremo Tribunal ordenou que seu predecessor deixasse o cargo”.
 

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