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Brasil/Petrobras

Petrobras vive um “renascimento doloroso”, diz Le Monde

O jornal francês Le Monde, que chegou às bancas na tarde desta sexta-feira (11), traz uma reportagem de página inteira sobre a gigante brasileira Petrobras. Com a manchete "O doloroso renascimento", o texto da correspondente do vespertino no Brasil explica como a estatal, afundada desde um escândalo de corrupção, consegue, aos poucos, se reerguer.

Ações da Petrobras subiram mas a estatal ainda apresenta perdas de R$ 16,5 bilhões para o terceiro trimestre de 2016
Ações da Petrobras subiram mas a estatal ainda apresenta perdas de R$ 16,5 bilhões para o terceiro trimestre de 2016 REUTERS/Paulo Whitaker
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O texto começa lembrando como, desde a revelação dos primeiros resultados da operação Lava Jato, em 2014, o nome da Petrobras passou a ser assunto na imprensa diariamente. "A investigação tornou pública uma rede tentacular de corrupção envolvendo empresas da construção civil que se organizavam em cartel para ganhar as concorrências lançadas pela Petrobras, dando dinheiro aos diretores da estatal e também a políticos de todos os partidos", relata a correspondente Claire Gatinois.

Dois anos depois do início do escândalo, “mais de 490 anos de prisão foram decretados a uma centena de culpados”, responsáveis por um prejuízo de mais de R$ 40 bilhões, calcula o jornal. Depois disso, lembra Le Monde, as ações da Petrobras despencaram, a dívida da empresa explodiu e muitos pensaram que a imagem da estatal estaria arranhada para sempre, analisa o texto.

Parcerias internacionais e corte de pessoal

No entanto, após a implementação de uma estratégia baseada na venda de ativos, na redução de investimentos, em cortes na massa salarial (com 19 mil funcionários deixando o grupo) e em parcerias com empresas estrangeiras, como a francesa Total, a empresa tenta se recuperar. Além disso, Pedro Parente, encarregado desde maio de reerguer a estatal, prometeu colocar um ponto final nas nomeações ditas “políticas”.

O novo presidente da Petrobras também “impôs um código de conduta formando seus funcionários segundo as regras da Organização das Nações Unidas (ONU) para lutar contra a corrupção”, relata a correspondente do jornal. Resultado: os mercados aprovaram as medidas e, desde janeiro, as ações da Petrobras ganharam 150%.

No entanto, analisa Le Monde, “o caminho da redenção ainda vai ser longo”. O jornal lembra que, apesar dessa aparente recuperação, o grupo ainda apresenta perdas de R$ 16,5 bilhões para o terceiro trimestre, segundo números de 10 de novembro.

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