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Brasil/Economia

Investidores estrangeiros voltam a se interessar pelo Brasil, diz jornal francês

Uma reportagem publicada neste sábado (19) no jornal francês Les Echos relata que o Brasil assiste a uma volta dos investidores estrangeiros, interessados em comprar empresas no país. Essa mudança de atitude seria o resultado de uma melhora no contexto econômico, combinada com uma variação cambial favorável.

"Retomada do apetite dos investidores estrangeiros no Brasil", diz manchete do jornal francês Les Echos
"Retomada do apetite dos investidores estrangeiros no Brasil", diz manchete do jornal francês Les Echos lesechos.fr
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Thierry Ogier, correspondente do jornal Les Echos no Brasil, começa sua reportagem com o exemplo da Kellogg, que comprou a fabricante de massas e biscoitos Parati no mês passado. “Mas a nova onda de investimentos estrangeiros havia começado antes mesmo da assinatura desse contrato”, relata o jornalista no diário, uma das bíblias da imprensa econômica na França.

Segundo o texto, que lista empresas interessadas por negócios no Brasil, “quatro das cinco maiores transações comerciais registradas no terceiro trimestre de 2016 foram assinadas por investidores estrangeiros”. O texto cita o exemplo da Dubai Ports World, que vai controlar um dos terminais de contêineres da Odebrecht, ou ainda do fundo de investimentos canadense Brookfield, que já controlava parte dos gasodutos da Petrobras, e que também comprou uma filial de purificação de água da construtora brasileira. 

Pequenas e médias empresas também estão interessadas em negócios no Brasil

A reportagem explica que esse fenômeno é visto também junto às pequenas e médias empresas. “Vários processos estavam parados há meses nos escritórios dos advogados e auditorias, mas muitos deles foram reabertos”, relata ao jornal Yves Jadoul, diretor da Viability, empresa especializada em fusões e aquisições. Ele foi um dos que aconselhou a francesa Serap a comprar a empresa Plurinox, em São Paulo. “Temos muitos casos de empresários que querem se instalar no Brasil, pois os negócios não vão bem na França”, comenta o especialista.

De acordo com Ana Beatriz Nunes, do escritório de advogados Tozzini Freire, citada pelo correspondente, o Brasil beneficia de uma conjuntura favorável. “Houve uma recente valorização do real com relação ao dólar e os indicadores econômicos estão melhorando desde a destituição da presidente Dilma Rousseff”, atesta. Além disso, ela afirma que com o desenrolar do escândalo de corrupção da Petrobras, “há ativos importantes à venda, pois os grandes conglomerados envolvidos precisam de liquidez, e isso cria oportunidades muito interessantes para alguns setores”, analisa.

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