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Acidente/avião

Pane seca é causa mais provável de queda de avião da Chapecoense

A divulgação da conversa entre o piloto do voo Lamia CP2933 e a torre de controle do aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, na Colômbia, indica que o acidente de avião que matou a equipe da Chapecoense e deixou 6 sobreviventes teria ocorrido por falta de combustível. As autoridades pedem que sejam evitadas “especulações”.

O voo que levava a delegação da Chapecoense a Medellín e caiu pouco antes de chegar à cidade colombiana, na madrugada desta terça-feira, deixando 76 mortos, teve o trajeto alterado devido à lei nacional, explicou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O voo que levava a delegação da Chapecoense a Medellín e caiu pouco antes de chegar à cidade colombiana, na madrugada desta terça-feira, deixando 76 mortos, teve o trajeto alterado devido à lei nacional, explicou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Raul ARBOLEDA / AFP
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Na conversa, divulgada pela rádio colombiana Blu, o piloto Miguel Quiroga pede prioridade na aterrissagem por falta de combustível, mas a torre pede que ele espere mais alguns minutos porque outro avião está na fila para pousar. Em tom desesperado, ele então diz que o avião está “em pane elétrica total”. A operadora da torre então autoriza o pouso, mas perde o contato com a aeronave no momento em que pede as coordenadas.

A hipótese de pane seca também ganha força se forem considerados outros aspectos do acidente: não houve explosão no contato com o solo, as turbinas estavam intactas e a autonomia da aeronave era similar à distância que ela percorreria, 3 mil quilômetros. Resta saber por que o piloto não parou para reabastecer.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Aeronáutica Civil da Colômbia diz que as autoridades “buscarão esclarecer o mais rápido possível o motivo da tragédia. As caixas-pretas do avião, em operação desde 1999, foram encontradas em perfeito estado, mas a análise do conteúdo dos equipamentos, que registram as conversas na cabine e os parâmetros do voo, pode ser longa.

O avião caiu nesta segunda-feira (28) à noite a 330 metros de altitude, quando se aproximava do aeroporto Rionegro, nas proximidades de Medellín. “As caixas-pretas vão revelar tudo”, disse o ministro do Transporte colombiano, Jorge Eduardo Rojas, pedindo que as pessoas “não façam especulações sobre o acidente”.

Segundo o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Glinternick, a investigação envolverá todos os países relacionados com o acidente.

Tripulantes estavam com licença em ordem

O coordenador da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia, César Varela, afirmou que "os tripulantes estavam com suas licenças em ordem." O avião de matrícula boliviana CP2933, que pertence à empresa Lamia, viajava entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Rionegro, quando enviou uma mensagem de "falhas elétricas" às 22h00 de segunda-feira, entre os municípios de La Ceja e La Unión, a quase 50 km ao sudeste de Medellín.

Pouco depois, o avião caiu com 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes. Seis sobreviveram, três jogadores, uma auxiliar de voo e um técnico da companhia aérea, além de um jornalista. Todos estão internados em clínicas próximas a Rionegro. O reconhecimento dos cadáveres deve terminar nesta quinta-feira, e o repatriamento deve ocorrer em até três dias.

 

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