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"Tróilo e Créssida" contribui para reflexão sobre corrupção no Brasil, diz Maria Fernanda Cândido

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Depois uma temporada de sucesso, a peça Tróilo e Créssida estreia novamente no dia 25 de janeiro no teatro Sesi, em São Paulo. Com direção de Jô Soares, a montagem desse que é um dos textos menos conhecidos e interpretados de William Shakespeare conta com um elenco de 23 atores, entre eles Maria Fernanda Cândido e Tuna Dwek, que participaram do RFI Convida durante passagem por Paris.

As atrizes Maria Fernanda Cândido e Tuna Dwek de passagem pelos estúdios da RFI em Paris
As atrizes Maria Fernanda Cândido e Tuna Dwek de passagem pelos estúdios da RFI em Paris RFI
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Escrita no século 17, praticamente na mesma época que Hamlet, a peça tem como pano de fundo a guerra de Troia e fala de uma história de amor impossível. Mas esse “Romeu e Julieta às avessas” também tem conquistado o público pela contemporaneidade de alguns temas tratados, que apresentam um cunho mais político. “Jô Soares é extremamente antenado e atualizado, e sempre faz paralelos com a realidade brasileira. Ele conscientiza e propõe uma reflexão a partir do humor”, comenta Tuna Dwek, que vive Cassandra. “Meu personagem é o contraponto trágico. Ela tem a maldição de falar a verdade, mas ninguém acredita. Tem muito disso no Brasil de hoje. Mas o público só descobre essa analogia assistindo a peça”, diz analisa a atriz.

Maria Fernanda Cândido, que faz parte dos artistas que militaram pelas dez medidas contra a corrupção em 2016, ressalta a importância de se tratar temas como a busca pelo poder a qualquer preço, ponto nevrálgico da trama. “Essa é uma discussão das mais importantes hoje no Brasil e para a qual as pessoas estão muito abertas e sedentas”, comenta a atriz, que interpreta um dos papéis-título ao lado de Ricardo Gelli. “Nesse sentido, a peça só tem a contribuir com essa reflexão.”

As atrizes dividem o palco com um grande elenco, com nomes como Adriane Galisteu, na pele de Helena de Troia, e Ataíde Arcoverde, vivendo Térsito, entre outros. Além do espírito de trupe, elas celebram o fato de o projeto ser apresentado com entrada franca, democratizando o acesso a esse gênero de dramaturgia no Brasil. “Vimos cenas muito emocionantes, de pessoas que nunca tinham colocado os pés no teatro. E isso não tem preço”, relembra Tuna, frisando a disciplina do público, ávido desse tipo de espetáculo. “É interessante porque há muita interação com a plateia”, relata Maria Fernanda. A segunda temporada de Tróilo e Créssida fica em cartaz até 19 de fevereiro.

Para ouvir a entrevista completa, clique na foto acima ou assista o vídeo abaixo.
 

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