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Diplomacia

Brasil afirma estar 'preocupado' com muro na fronteira dos EUA e México

O governo brasileiro disse nesta quinta-feira (26) que está "preocupado" com a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro na fronteira com o México. "A grande maioria dos países da América Latina mantêm estreitos laços de amizade com o povo dos Estados Unidos. Por isso, o governo brasileiro recebeu com preocupação a ideia da construção de um muro para separar nações irmãs do nosso continente sem que haja consenso entre ambas", diz uma nota uma nota do Ministério das Relações Exteriores.

O governo brasileiro disse nesta sexta-feira (27) que está "preocupado" com a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro na fronteira com o México.
O governo brasileiro disse nesta sexta-feira (27) que está "preocupado" com a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro na fronteira com o México. REUTERS/Jose Luis Gonzalez
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Trump assinou na quarta-feira (25) um decreto no qual autoriza a construção de um muro ao longo dos 3.200 km da fronteira com o México para frear a entrada de imigrantes ilegais. Para financiar sua construção, a Casa Branca declarou que taxará os produtos importados do México em 20%.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, condenou a medida e cancelou uma visita a Washington depois que Trump publicou em sua conta no Twitter: "Se o México não quiser pagar o muro que tanto precisamos, melhor cancelar sua próxima visita".

A nota do Itamaraty lembra que "o Brasil sempre se conduziu com base na firme crença de que as questões entre povos amigos – como é o caso de Estados Unidos e México – devem ser solucionadas pelo diálogo e pela construção de espaços de entendimento".

Após a eleição de Trump, o Brasil demonstrou uma certa expectativa de que as relações entre Brasília e Washington pudessem melhorar. O presidente Michel Temer disse na época estar convencido de que o polêmico magnata manteria uma boa relação com o Brasil. Temer também considerou que as previsíveis tensões com o México poderiam levar Washington a privilegiar as relações com o resto da América Latina e com Brasília, em especial.

Analistas e ex-embaixadores ouvidos pela RFI Brasil viram a chegada de Trump à Casa Branca como uma oportunidade para o Brasil incrementar as relações comerciais com os Estados Unidos. Mas o tom agressivo do bilionário republicano em sua primeira semana na Casa Branca passou a provocar temor em várias chancelarias.

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