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Na Suíça, Dilma diz querer que "Brasil tenha encontro correto com a democracia"

A ex-presidente Dilma Rousseff faz uma viagem de três dias à Genebra, na Suíça. Ela encontrou autoridades, deu entrevista à TV sobre política nacional e falou sobre os programas de combate à fome e à miséria durante seu mandato e o de Lula da Silva, durante Fórum sobre Direitos Humanos.

Dilma Rousseff participa de eventos na Suíça e em Portugal, de 10 a 15 de março
Dilma Rousseff participa de eventos na Suíça e em Portugal, de 10 a 15 de março DR
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Em sua 15ª edição (de 10 a 19 de março), em Genebra, o engajado Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos recebe 300 convidados do mundo inteiro. Entre as diversas temáticas ligadas ao tema, a luta contra a fome e a miséria destacou as iniciativas da Índia e do Brasil, cujo modelo "Fome Zero", foi explicado por Dilma no evento paralelo Fórum Direitos Humanos.

Philippe Mottaz, um dos responsáveis do Fórum, definiu a presença de Dilma como uma reflexão sobre um capítulo complexo da história política brasileira. "Temos a liberdade e a independência de convidá-la, e cada um poderá construir sua própria opinião sobre a sua destituição", afirmou.

Agenda lotada e reunião com autoridades

Na sexta-feira (10), Dilma Rousseff encontrou o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, Olav Fykse Tveit, e a ex-presidenta da Suíça, Ruth Dreifuss. Ela também foi recebida por Guy Rider, diretor da OIT - Organização Internacional do Trabalho. O dia continuou com reuniões com organizações internacionais.

Em entrevista à televisão pública do país, Dilma garantiu que não pretende voltar à presidência, mas continuará fazendo política para assegurar que o Brasil tenha "um encontro correto com a democracia" e que Luiz Inácio Lula da Silva possa concorrer na eleição presidencial de 2018. Ela também comentou à TV as atuais manifestações que acontecem no Brasil. "Eu acho que quando um país se encontra frente a um golpe baseado em uma fraude, como foi essa destituição sem um crime de responsabilidade, com um governo que me substitui, um governo ilegítimo, golpista e usurpador, o que acontece? A revolta das pessoas face a essa ruptura democrática, para uma democracia que nos custou tanto para conquistar. Ela se expressa em manifestações pacíficas", ela disse.

Ainda em Genebra, Dilma se reunirá com parlamentares e relatores de Direitos Humanos. No dia 13 ela se reúne com pesquisadores do The Graduate Institute of Genebra para falar sobre o futuro da luta contra o neoliberalismo.

A próxima etapa de sua viagem é Lisboa, para onde segue no dia 13, quando será recebida pela Fundação Saramago, Casa do Brasil em Lisboa e Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. No dia 15, Dilma fará uma conferência sobre “Neoliberalismo, desigualdade, democracia sob ataque”, no Teatro da Trindade, na capital portuguesa.

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