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Hong Kong suspende veto total às importações de carne brasileira

Hong Kong retirou nesta terça-feira (28) o veto total às importações de carne brasileira, tendo restringido a medida aos 21 frigoríficos investigados pelo escândalo de carne adulterada, segundo informações do governo brasileiro. 

Pedro Taques, governador do estado de Mato Grosso e o presidente Michel Temer mostram exemplares de carne bovina produzida no Brasil.
Pedro Taques, governador do estado de Mato Grosso e o presidente Michel Temer mostram exemplares de carne bovina produzida no Brasil. Marcos Corrêa / PR
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"O Brasil recebeu com satisfação a notícia de que Hong Kong reabriu o mercado para as carnes brasileiras. Com essa medida, todos os grandes mercados para exportações de carnes brasileiras encontram-se novamente reabertos", declarou nesta terça-feira (28) o Palácio do Planalto.

A região autônoma chinesa é o maior comprador de carne bovina brasileira, com uma importação de U$ 718 milhões em 2016, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). As exportações totais de carne brasileira ao território (bovina, aviária, de porco, entre outras) superaram no ano passado os U$ 1,3 bilhão.

A indústria da carne no Brasil foi envolvida em um escândalo com a deflagração no dia 17 de março pela Polícia Federal da Operação Carne Fraca, que denunciou mudança de rótulos e o uso de ácidos e substâncias supostamente cancerígenas para maquiar cortes vencidos ou em mal estado.

Desde então, mais de 20 mercados fecharam total ou parcialmente suas portas ou intensificaram seus controles, entre eles os de Hong Kong, China e Chile, três locais chave para um setor que emprega mais de 6 milhões de pessoas e que gerou U$ 13 bilhões no ano passado.

Fim dos bloqueios

Mas no fim de semana passado os vetos começaram a ser retirados. China, Chile e Egito anunciaram o fim do bloqueio total e o restringiram aos 21 frigoríficos investigados. De acordo com a PF, os inspetores sanitários eram subornados pelos frigoríficos para autorizar a venda de carne não apta para o consumo humano.

O caso foi criticado pelo governo brasileiro, afundado na recessão e em uma crise política profunda pelas constantes acusações de corrupção no mais alto nível. O comissário europeu de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, convocou o Brasil na segunda-feira (27) a restabelecer a confiança dos mercados após o escândalo.

Andriukaitis se reuniu nesta terça-feira (28) em Brasília com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para avaliar as medidas adotadas pelo Brasil. A União Europeia (UE) informou que não aceitará carne dos frigoríficos investigados.

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