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Doleiros ligados a Sérgio Cabral avaliam delação premiada no Uruguai

Dois doleiros brasileiros, detidos no Uruguai por suposta lavagem de dinheiro em operações ligadas ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, avaliam aderir à delação premiada ante a Justiça local, informou nesta quinta-feira (6) a imprensa uruguaia.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Agência Brasil
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Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, que foram presos em março no Uruguai e permanecem na prisão central de Montevidéu, em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, devem enfrentar um processo por lavagem de dinheiro e podem ser extraditados se a Justiça aceitar o pedido brasileiro.

De acordo com fontes judiciais citadas pelo jornal El Observador, a defesa dos dois brasileiros recomendou que eles aproveitem o benefício da delação premiada, pelo qual, em troca de fornecer informações importantes sobre o caso aberto no Brasil, poderão obter uma redução de suas sentenças ou uma melhoria das condições de detenção.

O caso era tratado pelo Departamento Judicial de Crime Organizado e se espera que a Justiça brasileira solicite formalmente sua extradição.

A lei uruguaia concede 40 dias de prazo para que um pedido de extradição seja apresentado e, durante esse período, os envolvidos podem permanecer presos.

Radicados no Uruguai

Ambos estão radicados no Uruguai e são acusados de ajudar a lavar dinheiro como parte de um esquema financeiro ilegal montado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (2007-2014), que foi preso em novembro.

A Justiça uruguaia tem o objetivo de descobrir a rota da lavagem de dinheiro no mercado local e os bens comprados com dinheiro derivado do esquema desenvolvido por Cabral.

Esse sistema estava imerso nas investigações realizadas pela Lava Jato, lançada em 2014 e que trouxe à tona o maior escândalo de corrupção da história do Brasil, com subornos milionários que incluíam políticos, empresas públicas e privadas.

Grandes empresas da construção, principalmente a Odebrecht, também foram envolvidas, assim como a Petrobras e líderes de alto escalão de partidos políticos brasileiros, levando dezenas de pessoas à prisão, em muitos casos a partir da delação premiada de detidos.
 

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