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Brasil/corrupção

Ex-ministro Antonio Palocci é condenado na Lava Jato por corrupção passiva

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, dos governos de Lula e Dilma Rousseff, foi condenado nesta segunda-feira (26) a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Petrolão.

O ex-ministro Antonio Palocci foi condenado nesta segunda-feira a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Petrolão.
O ex-ministro Antonio Palocci foi condenado nesta segunda-feira a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Petrolão. Antonio Cruz/Agência Brasil
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Palocci foi detido em setembro do ano passado e considerado culpado por acertar "propinas entre o grupo Odebrecht e agentes do Partido dos Trabalhadores". De acordo com a sentença, o ex-ministro participou do pagamento ilegal e da lavagem de dinheiro de mais US$ 10 milhões (cerca de R$ 37 milhões) para financiar campanhas políticas.

Esta é a primeira vez que o ex-ministro é condenado na operação Lava Jato. Ele ocupou as pastas da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Casa Civil durante a gestão de Dilma Rousseff (PT). Palocci foi preso em 2016, depois de ser denunciado pelo Ministério Público Federal em outubro.

O ex-ministro, que negocia uma delação premiada, foi acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht e contratos de sondas com a Petrobras. A sentença do juiz Sergio Moro também determina que Palocci terá que pagar R$ 1,02 milhão em multas e que ficará inelegível por 24 anos.

Palocci recebia o dinheiro através do Setor de Operações Estruturais da Odebrecht, um departamento criado exclusivamente para distribuir propinas. que movimentou US$ 3,3 bilhões na América Latina entre 2006 e 2014.

Palocci era identificado nas planinhas de pagamento da empresa pelo codinome "Italiano". Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral, Palocci usou os cargos que ocupou no governo para beneficiar a Odebrech em "contratos e licitações da Petrobras".

O ex-ministro está envolvido em outros casos vinculados ao escândalo de desvios para a política e seguirá em detenção, segundo informou uma assessora do juiz Sérgio Moro.

À frente do ministério da Economia de Lula, Antonio Palocci havia conseguido tranquilizar os mercados financeiros esfriados pela vitória do ex-sindicalista, mas foi forçado a renunciar em 2006 após se ver envolvido em um escândalo de violação do segredo bancário.

Quatro condenados

Palocci já cumpriu nove meses de prisão preventiva, que serão descontados da pena do ex-ministro. No mesmo processo, também foram condenados Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

(Com informações da AFP Brasil)

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