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Brasil bate recorde de assassinatos de ecologistas no mundo

Ao menos 200 pessoas foram assassinadas por defenderem projetos ambientais em todo o mundo, no ano passado. O Brasil é o país com o maior número de mortes registradas: 49 pessoas em 2016. Os dados foram divulgados pela ONG Global Witness, nesta quinta-feira (13).

Em 40% dos casos, as vítimas são oriundas de populações indígenas.
Em 40% dos casos, as vítimas são oriundas de populações indígenas. LEO RAMIREZ / AFP
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"A luta implacável pela riqueza natural da Amazônia torna o Brasil, mais uma vez, o país mais letal do mundo", com 49 assassinatos em um ano, alerta o relatório. Os dados são os mais altos desde que a organização começou a contabilizar os assassinatos de ambientalistas em 2002 e representa o dobro do número registrado em 2014.

“Isso é o reflexo de uma onda de violência, em que as empresas mineradoras, madeireiras, hidroelétricas e agrícolas passam por cima das pessoas e do meio ambiente em busca de lucro financeiro", lamenta a organização.

Em 2016, os assassinatos de ativistas ambientais também se espalharam geograficamente, atingindo 24 países, contra 16 em 2015. “É provável que o número de mortes seja ainda maior, visto que nem todos os assassinatos são oficialmente registrados”, avalia a ONG.

Em 40% dos casos, as vítimas são oriundas de populações indígenas. “Eles nos ameaçam para que a gente se cale, mas eu não posso ficar silenciosa visto tudo o que acontece com o meu povo”, disse Jakeline Romero, porta-voz de uma comunidade indígena da Colômbia. “Nós combatemos por nossa terra, nossa água e nossas vidas”, concluiu.

Brasil, Colômbia e Filipinas são responsáveis por mais da metade das mortes, seguidos por Índia, Honduras, Nicarágua, República Democrática do Congo e Bangladesh.

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