Temer diz que "a população vai compreender" o aumento do preço dos combustíveis
Ao entrar no hotel, logo após desembarcar na cidade argentina de Mendoza para participar, nesta sexta-feira (21), da reunião de Cúpula do Mercosul, o presidente Michel Temer garantiu que "a população vai compreender" o que chamou de "pequeno aumento" das alíquotas do PIS/Cofins sobre sobre gasolina, diesel e etanol.
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Márcio Resende, enviado especial a Mendoza, Argentina
"A população vai compreender porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos. Um governo verdadeiro", considerou o presidente. "Quando você tem que manter o critério da responsabilidade fiscal, a manutenção da meta, a determinação para o crescimento, você tem que dizer claramente o que está acontecendo. O povo compreende", explicou.
Segundo Temer, o aumento anunciado pouco antes da sua vinda à Argentina não vai atrapalhar a retomada do crescimento. É um critério de responsabilidade fiscal e para assegurar o crescimento econômico.
"Isto é o fenômeno da responsabilidade fiscal e esta responsabilidade fiscal é o que importou neste pequeno aumento do PIS/Cofins, exatamente para manter, em primeiro lugar, a meta fiscal que nós estabelecemos e, em segundo lugar, para assegurar o crescimento econômico que, pouco a pouco, vem vindo", defendeu.
O presidente recordou que "logo que assumiu, o governo abandonou a ideia da volta da CPMF". "Agora, um pequeno aumento que diz respeito apenas aos combustíveis", minimizou.
"No momento, este aumento é suficiente"
Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o aumento visa beneficiar o bolso do cidadão ao "manter o equilíbrio fiscal, o emprego e as perspectivas de crescimento". O ministro avalia que "este é o momento certo para o aumento".
"Tudo o que nós fazemos, em última análise, é para beneficiar o bolso do cidadão, ganhando mais, tendo emprego que é o aspecto fundamental e com menos inflação. Como a inflação está reagindo muito bem, caindo bastante, o momento em que se poderia fazer essa medida é agora, quando há espaço ainda na inflação que está com previsão bem abaixo da meta", argumentou Meirelles.
"No momento é suficiente" , respondeu o ministro quando perguntado se poderia haver novos aumentos para equilibrar as contas públicas.
Henrique Meirelles destacou que o aumento veio acompanhado de esforço fiscal do governo.
"É importante mencionar também que foi feito um corte adicional de gasto público. Portanto, não é meramente uma questão de aumentar impostos, não", defendeu.
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