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Fotógrafo curitibano expõe em Paris obras inspiradas na espiritualidade

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Luiz Todeschi começou a fotografar por curiosidade aos 14 anos, mas foi na idade adulta que fez a opção de investir na profissão. Há cinco anos diz ter descoberto sua verdadeira vocação: unir arte e espiritualidade em seu trabalho, que tem como foco principal a luz.

O fotógrafo Luiz Todeschi
O fotógrafo Luiz Todeschi Arquivo Pessoal
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“Na minha caminhada como fotógrafo, busco honrar a luz em todas as suas manifestações, observando cores e energia em situações que ficam ocultas aos olhos comuns”, explica.

A obra de Luiz Todeschi integra a exposição “Meu Brasil em Paris”, no Cloître des Billettes, um claustro medieval no centro da capital francesa. Esta exibição faz parte de um projeto de mentoria realizado por Ana Priscilla Marques e Ricardo Esteves, que também é curador da mostra.

No total, trabalhos de nove fotógrafos brasileiros foram expostos e, a partir desta segunda-feira (11), uma nova fase concentrou em três deles, incluindo Todeschi, que trouxe a série “Violeta”, um conjunto de quatro fotos.

“Trabalho a energia espiritual da transmutação, da ‘chama violeta’, ligada à Saint-Germain, um dos mestres da Fraternidade Branca”, explica, em referência ao movimento espiritual.

A “chama violeta”, de acordo com a visão gnóstica e esotérica, foi um dos maiores dons de Deus para a Humanidade. Segundo Todeschi, essa luz se manifestou durante a criação fotográfica da série, que retrata os quatro elementos da natureza.

“A energia da transmutação da ‘chama violeta’ está em tudo. Nesta série, ela veio do Sol, passa pela terra batendo em uma pedra, passa pelos seres humanos, pela arte e pela natureza”, explicou.

Sem uso de técnicas especiais para captar ou modificar as luzes que compõem seu trabalho, Luiz Todeschi contou que sua relação mais intensa com a arte da fotografia surgiu de maneira muito espontânea.   

“Eu me apresentei à fotografia como arte e ela se apresentou a mim. É um trânsito incrível e trabalho com narrativas metafísicas abstratas como um trabalho diferenciado, interpretando os recados da criação do universo e das energias que se manifestam aqui na Terra, inclusive da espiritualidade”, acrescenta.

“Transe fotográfico”

Na entrevista à RFI Brasil, Todeschi lembra que sua entrega à espiritualidade resultou em um trabalho que surgiu naturalmente, como um “presente” por sua conexão com o mundo.

“Me conectei com o universo com tanto carinho que o projeto ‘Aborto da alma’ me veio como um presente. Eu servi apenas como canal de manifestação da arte. O que vivi foi muito a sério, estava num transe fotográfico”, lembra.

Segundo o fotógrafo curitibano, a mentoria com o artista e curador brasileiro Ricardo Esteves o ajudou a dar sentido e coerência para o conjunto da série escolhida para a exposição.

“Nesta exposição em Paris eu trago a espiritualidade na fotografia, que é algo novo, e espiritualidade no sentido de você se colocar na entrega daquilo que você faz. Se você faz as coisas com o coração, conectado com sua missão, as coisas acabam acontecendo”, afirma.

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