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Rio 2016/Corrupção

Olimpíadas Rio 2016: Atletas acusados por Sérgio Cabral negam ter recebido suborno

O ex-nadador russo Alexander Popov e o ex-atleta ucraniano Serguei Bubka afirmaram nesta sexta-feira (5) que não receberam subornos em troca de voto para o Rio de Janeiro ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Eles foram acusados na quinta-feira (4) pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

O ex-nadador russo Alexander Popov (R) e o campeão olímpico de salto com vara ucraniano Sergey Bubka, membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 19 de maio de 2010.
O ex-nadador russo Alexander Popov (R) e o campeão olímpico de salto com vara ucraniano Sergey Bubka, membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 19 de maio de 2010. VANDERLEI ALMEIDA / AFP
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Os dois atletas são delegados do Comitê Olímpico Internacional (COI).

"Posso dizer que nem votei no Rio de Janeiro. Participei na votação, mas o meu voto não foi para o Rio de Janeiro", declarou Popov à agência de notícias R-Sport. Ele se disse desamparado, sem entender o que está acontecendo e sem saber o que deve fazer: “Alguém está mentindo, é muito grave", completou.

A reação de Bubka foi publicada no Twitter. O ex-atleta de salto com vara escreveu que "rejeita completamente as falsas alegações do governador do estado do Rio". Ele também lembrou em seu tuíte que Cabral "cumpre atualmente uma longa pena de prisão por corrupção".

O COI também reagiu. O Comitê divulgou um comunicado informando que sua comissão de ética começou imediatamente a investigar o caso. Todos os integrantes do COI citados no depoimento do ex-governador carioca já foram contatados, declarou a comissão.

Compra de votos

Sérgio Cabral afirmou na quinta-feira (4) que pagou subornos de US$ 2 milhões para os delegados do COI, incluindo os ex-campeões olímpicos Serguei Bubka e Alexander Popov, para que Rio fosse escolhido para sediar os Jogos de 2016.

A compra de votos teria sido feita com a mediação do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) Lamine Diack, afirmou o ex-governador ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que investiga as denúncias de corrupção na escolha do Rio como sede olímpica. O dinheiro, segundo Cabral, teria sido transferido pelo empresário Arthur Soares - homem de sua confiança - a Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack.

Pelo Twitter, Bubka garantiu que “nunca foi contactado por Lamine Diack sobre seu voto na eleição para a escolha da organização dos Jogos Olímpicos de 2016”. O ucraniano informou que seus advogados irão escrever ao ex-presidente da IAAF para pedir explicações sobre as alegações de Sérgio Cabral.

O Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os Jogos-2016 em 2009, durante uma cerimônia em Copenhague. A capital carioca venceu Madri, Chicago e Tóquio.

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