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Europa/HPV

Teste de urina poderá detectar câncer do colo do útero

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (17) por cientistas da Universidade de Manchester mostrou que os testes de urina podem ser usados na detecção do Papiloma vírus (HPV), que provoca o câncer do colo de útero. A descoberta pode ser uma alternativa ao Papanicolau, exame que analisa as células epiteliais.

Teste de urina para detectar câncer do colo do útero.
Teste de urina para detectar câncer do colo do útero. (Foto: Captura de vídeo/http://www.allodocteurs.fr/)
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Os cientistas analisaram 14 pesquisas e compararam os resultados, praticamente similares, dos testes de urina e do Papanicolau. A sensibilidade do novo método é descrita como moderada na detecção de casos positivos (73%) e elevada em casos negativos (98%). No total, 1442 mulheres sexualmente ativas participaram do estudo.

“A detecção do HPV na urina é um método não-invasivo, acessível e aceitável para as mulheres”, dizem os autores. Segundo os cientistas, o teste de urina poderá melhorar a depistagem, já que ainda existem mulheres reticentes à realização do Papanicolau. Ele também representa uma alternativa barata em países onde o acesso à saúde é restrito e existe pouca infraestrutura.

Pesquisadores pedem “cautela”

Os pesquisadores reconhecem, entretanto, que os resultados devem ser interpretados com “cautela”, em razão das variações existentes entre os diversos estudos e a ausência de “um método uniformizado de detecção do HPV na urina.” Por enquanto, o Papanicolau continua sendo insubstituível. Hoje, a maior parte dos países ocidentais determina que o exame deve ser feito a cada três anos para evitar o câncer do colo do útero.

Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas já foram infectadas pelo HPV, mas apenas entre 10 e 20% desenvolvem uma infecção que poderá, em alguns casos, se transformar em um câncer uterino. Apenas 13 cepas do vírus são oncogênicas e passíveis de originar lesões invisíveis a olho nu, que sem tratamento, podem se tornar malignas. A existência do vírus foi descoberta nos anos 90.

 

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