Fundador da Amazon divulga novo foguete para turismo espacial
A sociedade aeroespacial Blue Origin prevê a construção de um foguete de grande potência, quase tão grande quanto o Saturno V, do programa Apollo de conquista da lua, anunciou nesta segunda-feira (12) o milionário americano Jeff Bezos, dono e fundador da empresa. Ele também é proprietário da Amazon e do jornal The Washington Post.
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O foguete New Glenn - em homenagem a John Glenn, primeiro americano a orbitar a Terra – será composto de dois ou três partes, com sete metros de diâmetro e sete motores usando gás natural e oxigênio líquido. O primeiro andar será reutilizável.
O New Glenn vai transportar satélites e humanos, fazendo assim concorrência às empresas americanas SpaceX e Boeing, que estão desenvolvendo projetos similares, ou ainda a francesa ArianeSpace, para a colocação de satélites em órbita.
Por enquanto, a Blue Origin lançou o New Shepard, um foguete bem mais modesto, com 20m de altura. A nave alcança apenas a fronteira do espaço, com voos suborbitais inferiores a 100km de altitude.
Voos de turismo devem acontecer até o final da década
Em um blog no site do Washington Post, Bezos afirma que o New Glenn estará apto a voar até o final da década. “Nossa visão de futuro é de milhões de pessoas vivendo e trabalhando no espaço, e por isso o New Glenn é uma etapa muito importante”, declarou.
A Blue Origin, que pretende igualmente desenvolver o turismo orbital, vai fazer um teste de voo suborbital no próximo mês, segundo o blog, coincidindo com o teste de outro concorrente, o Virgin Galactic do milionário britânico Richard Branson.
O dono da marca Virgin retomou na semana passada os testes de voos, com a nova nave SpaceShipTwo, cujo objetivo é levar passageiros pagantes à fronteira do espaço. Em novembro de 2014, um acidente com um protótipo matou o piloto.
O anúncio da Blue Origin é feito menos de duas semanas após a explosão ainda sem explicação do propulsor Falcon 9, da SpaceX, do milionário Elon Musk, na sua base de lançamento na Florida, durante teste de motores, o segundo acidente em quinze meses.
A SpaceX pretende uma forte redução dos custos de acesso ao espaço. Os rápidos avanços da empresa mexeram com o setor, mas o próximo teste do propulsor Falcon Feavy ainda deve demorar meses.
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