Região das Américas é a primeira a ser declarada zona livre de sarampo
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou nesta terça-feira (27) a região das Américas como zona livre de sarampo, a primeira em todo o mundo, ao fim de uma batalha que se estendeu por 22 anos.
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“É o resultado de um engajamento iniciado em 1994, quando os países das Américas se comprometeram a pôr fim ao sarampo até o início do século 21”, disse Carissa Etienne, diretora da OPAS, órgão subordinado à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O último caso de sarampo endêmico na América Latina foi notificado em 2002, embora nos anos seguintes tenham sido verificados casos importados. Trata-se da quinta doença evitável por vacinação a ser eliminada das Américas. A varíola foi erradicada em 1971, a poliomielite em 1994 e a rubéola congênita em 2015.
"Esta data é um marco histórico. Adeus à experiência do sarampo na região americana!", celebrou Carissa, em uma cerimônia realizada na sede da entidade, em Washington.
16 mil mortes evitadas
Por sua vez, Merceline Dahl-Regis, presidente do Comitê Internacional de Especialistas, que realizou a verificação do processo, relatou que desde 2007 os especialistas estavam compilando dados sobre o esforço continental.
"Em 2007 começou o processo da documentação da eliminação do sarampo, da rubéola e da rubéola congênita. Agora tempos que nos concentrar na eliminação mundial do sarampo", expressou Dahl-Regis.
Antes do início da vacinação em massa, em 1980, o sarampo provocava cerca de 2,6 milhões de mortes por ano no mundo. No continente americano, a doença foi responsável por cerca de 102 mil mortes entre 1971 e 1979.
Um estudo mostra que a eliminação do sarampo na América Latina e no Caribe graças à vacinação evitou 3,2 milhões de casos e 16 mil mortes entre 2000 e 2020.
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