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"Superlua" vai brilhar mais perto da Terra no dia 14 de novembro

É só olhar para o céu para ver uma Lua cheia maior e mais luminosa. Na próxima segunda-feira (14), o satélite estará mais perto da Terra. A última vez que o fenômeno ocorreu foi há 70 anos.

A última "Superlua" apareceu em
A última "Superlua" apareceu em © IMCCE / Observatoire de Paris
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"Os observadores terão a impressão de que a Lua é gigante", diz Pascal Descamps, do Observatório de Paris. Haverá uma "superlua", resultado de dois fenômenos astronômicos concomitantes: a fase de Lua cheia e o momento em que o astro, cuja órbita é elíptica, estará o mais perto possível da Terra. Isso vai dar a impressão dela ser maior e mais brilhante do que o normal.

A Lua atingirá o ponto de órbita mais próximo ao centro do nosso planeta na manhã da segunda-feira (14) e estará cheia às 13h52 GMT (11h52 de Brasília). Ao anoitecer, poderá ser vista no mundo inteiro.

"Uma superlua pode ser até 14% maior e 30% mais luminosa que uma Lua cheia no seu apogeu" (posição na sua órbita na que se encontra mais afastada da Terra), segundo a Nasa. Há uma "superlua" a cada ano e 48 dias, mas "algumas são mais 'super' que outras", explica o astrônomo francês. Na segunda-feira, a Lua estará a 'apenas' 356.509 km da Terra - a distância média é de 384.400 km. "É necessário remontar a 26 de janeiro de 1948 para ter uma superlua cuja distância em relação à Terra seja menor" do que essa", afirma Pascal Descamps. E teremos que esperar até 25 de novembro de 2034 para que a Lua se aproxime mais de nós. Por esta razão, ela foi batizada de "superlua extra", uma acumulação de prefixos utilizada pela Nasa.

Ilusão de ótica, ilusão lunar

Todos poderão aproveitar o espetáculo, inclusive os que costumam dormir cedo. Basta olhá-la quando ela aparecer. "Se for observada ao nascer, o efeito da superlua será dobrado, devido a um efeito conhecido como ilusão lunar", diz Pascal Descamps. Esta ilusão de ótica faz com que o satélite da Terra pareça maior quanto está perto do horizonte do que quando está alto no céu.

Além disso, "como o sistema Terra/Lua se aproximará da época do ano em que está mais perto do Sol (em 4 de janeiro de 2017), a Lua vai receber mais luz solar do que o habitual, o que também aumentará seu brilho aparente", de acordo com a Associação Astronômica Irlandesa (IAA). Observável a partir de todos os lugares (se as condições meteorológicas permitirem, é claro), o show será para todos, visível a olho nu. Mas, com binóculos ou telescópio, a superfície lunar poderá ser vista em detalhes.

"Nunca se sabe, talvez possamos ver rostos, animais ou outras figuras na superfície do astro, como contam as lendas antigas; e compreender por que nossos antepassados imaginavam ver coisas na Lua", comenta Mark Bailey, diretor emérito do Observatório de Armagh, na Irlanda do Norte. Para este astrônomo, eventos como esse têm a vantagem de incentivar os cidadãos a olharem para o céu. "Precisamos tentar fazer com que as pessoas estejam mais atentas para perceber seu ambiente natural", disse o cientista, que lamenta que as pessoas prestem tão pouca atenção a esta Lua que surge todas as noites sobre as nossas cabeças.

 

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