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Ciência e Tecnologia

Indústria robótica investirá bilhões em novos projetos até 2021

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Quem são os robôs que vão substituir ou acompanhar os humanos num futuro talvez próximo? Por trás das questões econômicas que envolvem a automatização do trabalho está a indústria robótica e os avanços tecnológicos que tentam aperfeiçoar as funções cognitivas das máquinas, como a empatia, essencial para a socialização humana.

Geminoid F, andróide criada pelo cientista Hiroshi Ishiguro na universidade de Osaka.
Geminoid F, andróide criada pelo cientista Hiroshi Ishiguro na universidade de Osaka. Hiroshi Ishiguro/Université d'Osaka
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Segundo o Instituto de Pesquisas IDC, especializado em pesquisas tecnológicas, até 2021, no mundo todo as empresas vão gastar mais de US$ 230,7 bilhões em projetos ligados à robótica. Um dos exemplos mais impressionantes deste novo mercado é o do humanoide Nadine, desenvolvido pela Universidade de Tecnologia de Cingapura em 2015.

O robô, feito à imagem e semelhança de sua criadora, a professora Nadia Thalman, é capaz de exprimir suas emoções, tem uma excelente memória, reconhece seus interlocutores e se lembra das conversas que teve com ele. Nadine é um dos primeiros humanoides inventados para interagir com seres humanos. Ela foi criada para ser, no futuro, cuidadora de pessoas idosas, por exemplo.

A tecnologia utilizada foi a mesma do Siri, da Apple, do reconhecimento de voz. A humanização dos robôs é uma fantasia humana que já foi cantada em prosa e verso em filmes, como Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, onde um casal adquire um robô projetado para amá-los incondicionalmente e substituir o filho deles, com uma doença terminal.

O desenvolvimento de robôs com sentimentos ainda está no começo, mas alguns deles, nem tão humanos assim, já atuam em diversos setores, como a Medicina. No hospital Rangueil, em Toulouse, o cirurgião Nicolas Doumerc é um dos pioneiros no país na utilização de robôs em operações. Em março de 2016, a equipe fez um transplante do rim utilizando o aparelho. Doumerc controla a máquina do seu computador. Essa cirurgia, longe do paciente, foi um marco na história da cirurgia robótica.

“Esta é a primeira vez que um cirurgião é separado completamente de seu paciente. Isso é totalmente novo na história da cirurgia. O cirurgião não usa luvas e não encosta em seu paciente”.

A verdade é que cada vez os robôs farão parte de nosso cotidiano. Não só em linhas de produção de fábricas, mas também no setor terciário. Já existem robôs recrutadores, barmans, recepcionistas, conselheiros de finanças e vendedores.

Robôs humanizados, uma perspectiva para 2030

Um estudo divulgado recentemente pela empresa Dell mostra que, em 2030, 85% dos empregos atuais não existirão mais, justamente com o aparecimento do ser humano virtual.

O pesquisador Nicolas Le Ru integra o organismo France Strategies e relativiza a questão. Ligado ao gabinete do primeiro-ministro, o laboratório de ideias é encarregado da construção das políticas públicas do futuro. Le Ru é um especialista dos efeitos sociais da automatização do trabalho. Segundo ele, não existe um efeito de causa e efeito imediato entre desenvolvimento tecnológico e o fenômeno.

“Uma empresa vai automatizar um emprego se isso for economicamente rentável, se houver aceitação social e se a organização do trabalho permite isso. Um exemplo é a automatização das caixas de supermercado. Percebemos que nem todos os fatores estavam reunidos para que isso se tornasse uma prática generalizada”.

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