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Tradicionalmente associados à Broadway, em Nova York, e ao West End, em Londres, os musicais ganharam lugar de destaque na programação cultural francesa neste final de ano.Clique em "Ouvir" para conferir o programa completo.

O musical "My Fair Lady" fica em cartaz no teatro do Châtelet, em Paris, até o dia 1° de janeiro.
O musical "My Fair Lady" fica em cartaz no teatro do Châtelet, em Paris, até o dia 1° de janeiro. http://chatelet-theatre.com
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O Teatro do Châtelet, bem no centro da capital, tem casa cheia com o espetáculo "My Fair Lady" - assim mesmo, em versão original com legendas. Eliza Doolittle, uma jovem vendedora de flores sem educação mas cheia de charme vira uma dama da alta sociedade nas mãos do professor Higgins.

Baseado na peça de George Bernard Shaw, "My Fair Lady" é considerado o musical perfeito. Além do sucesso nos palcos dos dois lados do Atlântico, a história conquistou o mundo ao virar um filme com Audrey Hepburn no papel de Eliza.

 "A história se passa na Inglaterra, mas ecoa em todas as sociedades, porque é sobre como ultrapassar as barreiras sociais", analisa Jean-Luc Choplin, diretor do teatro do Châtelet.

A opulenta produção francesa de "My Fair Lady" tem direção do premiado canadense Robert Carsen e figurinos de Anthony Powell, vencedor de nada menos que três Oscars. O espetáculo fica em cartaz até o dia 1° de janeiro.

E como os parisienses pedem mais, para o Natal do ano que vem o teatro promete um outro clássico do gênero: a estreia mundial da nova montagem de "Um Americano em Paris", co-produzida com a Broadway.

Versão francesa

A especialidade do Teatro Mogador, também em Paris, é apresentar versões francesas das últimas produções americanas. Neste final de ano está em cartaz "A Bela e a Fera", visto por mais de 35 milhões de espectadores ao redor do mundo.

Esse sucesso internacional é baseado em um conto francês tradicional. O mito também foi transformado em uma obra-prima cinematográfica por Jean Cocteau. A versão restaurada, aliás, acaba de estrear nos cinemas franceses para marcar os 50 anos da morte do poeta e cineasta.

Ópera bufa

Precursor da comédia musical, Jacques Offenbach continua sendo um dos compositores mais populares para as festas de fim de ano na França. Inventor da ópera bufa francesa, ele usava uma música festiva e intrigas rocambolescas para criticar a boa sociedade de seu tempo.

No sul do país, a Ópera de Marselha coloca em cena "Orfeu no Inferno", enquanto a Ópera de Toulon monta "A Vida Parisiense". Já a Ópera de Lyon escolheu uma obra mais séria do compositor, "Os Contos de Hoffmann".

Em Paris, a companhia "Les Brigands" toma muitas liberdades com o texto, mas é fiel ao espírito de "A Grande Duqueza de Gérolstein", uma das melhores obras de Offenbach. A produção é estrelada pela soprano Isabelle Druet, cantora em ascensão na cena lírica francesa, e fica em cartaz no Teatro de l'Athénée até 5 de janeiro.

Molière musical

Nem a venerável Comédie-Française escapou da onda de musicais neste fim de ano. O teatro apresenta uma versão mais leve e divertida de "Psiquê", que atualiza o mito sem abrir mão dos elementos de fantasia.

Concebida por Molière em 1671 como uma produção espetacular de cinco horas, com dezenas de atores, dançarinos e músicos, o espetáculo era uma encomenda de Luís 14 para reinaugurar a Sala das Máquinas do Palácio das Tulherias.

Mas ao longo dos anos a peça acabou desaparecendo do repertório, com a reputação de ser difícil demais de montar.

Em sua estreia na direção, a atriz Véronique Vella reduziu o espetáculo a duas horas e substituiu a música original de Lully por canções, melodias e árias líricas criadas por Vincent Leterme, misturando influências da ópera e da comédia musical.

 

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